O jornalista baiano, João Santana, responsável pelo marketing eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT) expôs as suas impressões sobre a eleição mais acirrada no país desde a redemocratização. "Estamos vivendo um momento raro na nossa política, que é dos derrotados fanfarrões. Tenho escutado muita coisa calado, mas acho que é uma boa hora de desabafar", afirmou em trecho do livro "João Santana - um marqueteiro no poder", um perfil biográfico escrito pelo jornalista Luiz maklouf Carvalho.
A publicação segue em formato de entrevista e, em tom de conversa, conta de forma direta e resumida diversos episódios da vida do baiano. Santana defende vários episódios da mais recente campanha eleitoral que culminou na reeleição da presidente Dilma.
"É mentira que a nossa campanha tenha feito uso profissional da baixaria", afirmou o marqueteiro rebatendo as acusações de Paulo Vasconcelos, marqueteiro do então presidenciável, Aécio Neves (PSDB). "Mas é verdade que a dele fez uso amador da mediocridade", completou ao dizer que faltou "humildade e autocrítica" do concorrente, "um marketeiro de segunda divisão [...] que está caindo para a terceira".
Conselheiro direto da presidente e figura tarimbada no planalto desde a reeleição do presidente Lula, em 2006, Santana, também considerado o "quadragésimo ministro" de Dilma, negou que tenha feito uma campanha de baixo nível em 2014. "É a acusação mais falsa, mais hipócrita, mais frágil e sem sustentação da história eleitoral brasileira", defendeu.
Santana também diz ter sido bem sucedido ao conseguir recuperar "o déficit comunicacional do governo", mostrando atrbutos, que segundo ele, o eleitorado desconhecia.
