Política

Deputados baianos oposicionistas podem aderir aos governos Rui e Dilma

Publicado em 17/01/2015, às 09h52   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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Deputados Elmar e Cajado participaram de encontro político com Rui Costa 

O número de deputados governistas na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) poderá crescer ainda mais até o início da próxima legislatura. Depois da adesão do PTN, que conta com três deputados – apenas o deputado Carlos Geilson ainda não confirmou mudança de lado , Rui Costa (PT) caminha com tranquilidade para se tornar o governador que contará com a maior bancada na Casa de Leis.

Além de possíveis novas adesões no Poder Legislativo, na Câmara Federal, a bancada baiana aliada à presidente Dilma Rousseff (PT) também deverá crescer.

Mas tudo dependerá da refundação do Partido Liberal (PL), ação capitaneada pelo presidente nacional do PSD e ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Na Bahia, o senador diplomado Otto Alencar (PSD) é o responsável pela organização do nova sigla.

Kassab estima atrair até 30 deputados federais para a nova legenda. A ideia seria após criação realizar a fusão entre PL e PSD e, com isso, se tornar a segunda maior bancada na Câmara, destronando o PMDB. Na Bahia, Otto Alencar pode lhe garantir dois ou três federais que atualmente integram a oposição na capital federal.

Conforme apurou a reportagem, o atual líder da Oposição na Alba, Elmar Nascimento (DEM), e o deputado federal Cláudio Cajado (DEM) são dois que podem bater asas para ninho governista.

Contatado, Cajado admitiu “troca de ideias”, mas garantiu que ainda não tem nada concreto. “O deputado agora se sente como uma noiva. Bonita, linda e, por isso, não faltam propostas”, disse.

Já Elmar, que toma posse na Câmara no início de fevereiro, não atendeu e nem retornou as ligações feitas pela reportagem.

Na semana passada, Elmar e Cajado acompanharam o candidato a presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em uma visita a Rui Costa, na governadoria. “Não é porque sou oposição que não posso visitar o governador. Se for convocado pelo governador para discutir assuntos para tratar da Bahia eu irei sempre”, afirmou, apesar de a visita, considerada “protocolar”, foi para tratar de questões políticas. “A Bahia terá um presidente que poderá ajudar os interesses da Bahia”, justificou Cajado sobre o apoio a Cunha.

Na nova investida de Kassab, o DEM deverá ser o mais atingido novamente. O partido reduziu de 28 a 22 deputados federais, após o pleito de 2014 e corre o risco de perder mais.


Na Lavagem do Bonfim, Aleluia diz que PL é o "ovo da serpente"

O presidente da sigla na Bahia, o deputado federal diplomado José Carlos Aleluia afirmou durante a Lavagem do Bomfim nesta quinta-feira (15) que o projeto de Kassab é considerado um “ovo da serpente” e não acredita que a Justiça brasileira irá contribuir para infidelidades partidárias. Sobre Elmar e Cajado, Aleluia diz que o "cortejamento" é natural no início de qualquer governo, mas “confia” nos correligionários, apesar de deixar claro que o partido deverá ir atrás dos mandatos de todos que conseguiram se eleger na legenda.

A boa notícia para os partidos que poderão sofrer baixas futuras é que a Lei Federal 12.875, aprovada no ano passado, determina que as novas agremiações só terão direito ao tempo de TV e recursos do Fundo Partidário correspondentes ao número de parlamentares eleitos diretamente pela agremiação fundada. Na prática, quem migrar para outra legenda não leva junto a sua fração e a sigla não terá recursos públicos. Entretanto, no pleito municipal de 2016, os postulantes aos cargos de prefeito e vereador das novas siglas terão direito a participar das propagandas eleitorais.

Publicada no dia 16 de janeiro de 2015, às 16h23

Classificação Indicativa: Livre

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