Política

Assista: ao Bocão News, Bruno Dauster explica sociedade com Alberto Youssef

Publicado em 18/01/2015, às 06h49   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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O novo secretário da Casa Civil do governador Rui Costa (PT), Bruno Dauster, foi o entrevistado da WebTV do Bocão News nessa sexta-feira (16) e explicou sua participação na sociedade do Hotel Web, que tem como sócio o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo Dauster, a vinculação do seu nome ao doleiro foi obra de alguém com “interesse não muito claro”.

“Não tem nada a ver. Mais uma vez, alguém com interesse não muito claro deve ter feito uma pesquisa nesse sentido. Se eu tivesse alguma coisa a esconder, dificilmente eu teria colocado na minha declaração de bens algo que fosse tão grave como participar de uma sociedade com Youssef que hoje está preso”, afirmou Dauster. “Se eu, em 2006, tivesse uma bola de cristal para saber o que ia acontecer depois, jogaria toda semana na [Mega] Sena e faria uma poupança muito mais rápido. Infelizmente, até hoje minha bola de cristal não foi entregue”, brincou.

O secretário, que foi diretor de desenvolvimento na OAS, comentou os rumores de que seria o único executivo a não usar gravata, e que por isso teria ocorrido um embate entre ele e o presidente Cesar Mata Pires. A discordância teria culminado em sua demissão da empreiteira. “Folclores. Preferencialmente, quando faz muito calor e não tenho atividade externa, eu não uso gravata. Quando é necessário, a gente tem uma função de representação, eu uso. Se era o único ou não, é uma pesquisa difícil. Agora, embate nunca houve. Sempre tive uma relação com os sócios muito respeitosa e sempre muito produtiva. Mas o folclore corre e as histórias são muitas”, afirmou.

Quando Rui Costa anunciou Dauster como secretário, o governador foi chamado de “corajoso” por trazer para sua gestão um ex-diretor da OAS, investigada pela Polícia Federal pelo envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Mas o titular da Casa Civil afirma que isso não foi levado em conta pelo petista e negou qualquer conversa para dar explicação do seu histórico. “Nenhuma conversa. O governador me conhece e sabe que não haveria por que ter essa conversa. Efetivamente, eu trabalhei no setor privado, não só na OAS, mas fui presidente em algumas empresas. [...]”, lembrou. “Inclusive, quando houve a licitação do metrô, circulou o boato maldoso e se dizia que a minha ida para a Casa Civil era uma forma de garantir para a OAS a obra do metrô. Até onde eu sei, a OAS não ganhou metrô, o que mostra que não havia nenhum gato escondido com rabo de fora”, argumentou.

Dauster falou também da situação do metrô de Salvador e revelou que, embora a prefeitura ainda não tenha liberado o alvará para início da linha 2, o alvará específico  para construção das estações já foi liberado. Entre outros assuntos, o gestor tratou de assuntos como o atendimento aos moradores das palafitas no bairro Massaranduba, em Salvador, por meio da coordenação de acompanhamento de habitação e saneamento, ligada à Casa Civil, e sobre a atuação da Defesa Civil no estado em situações emergenciais e de calamidade.

Assista a entrevista completa:

Publicada no dia 17 de janeiro de 2015, às 06h54

Classificação Indicativa: Livre

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