Política

Cotado para Comunicações, Wagner brinca e fala em ‘seguir passos’ de ACM

Publicado em 21/12/2014, às 06h44   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


FacebookTwitterWhatsApp

O governador Jaques Wagner (PT), que deixa o comando do Estado em 12 dias, já comunicou que integrará a chamada “articulação política” do segundo governo da presidente Dilma Rousseff (PT), apesar de ainda não ter confirmação da função que a líder nacional irá nomeá-lo.

Depois de ter seu nome especulado em meia dúzia de ministérios, o último a ser cogitado, o das Comunicações, teria uma maior probabilidade de o petista comandar, principalmente porque a presidente pensa em transferir para a pasta toda verba de publicidade do governo, administrada atualmente pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). Além disso, em 2015, o ministro das Comunicações passaria a despachar no Palácio do Planalto.

Batendo o ponto na sede do Executivo Federal, Wagner integraria o chamado “núcleo duro” do governo petista, apesar de o governador preferir nomeá-lo de “núcleo flexível”.

Caso o martelo para o MC seja batido, o petista seguirá a "mesma trajetória" do ex-senador ACM, como o próprio político fez questão de apontar em entrevista ao jornal Correio da Bahia, publicada neste sábado (20).

“Se eu for para o Ministério das Comunicações como estão especulando, aí é que vão dizer que minha vida é seguir os passos de Antônio Carlos Magalhães”, afirmou o líder baiano, bastante sorridente, conforme publicação.

Depois de governar a Bahia por quatro anos (1980-1983), ACM assumiu, em 1985, o Ministério das Comunicações do governo do presidente José Sarney (PMDB), primeiro governo que sucedeu o regime militar. Após cinco anos à frente do ministério, ACM voltou a governar novamente a Bahia, onde foi eleito pela primeira vez por voto popular. Três vezes chefe do Poder Executivo baiano, ACM emplacou o seu sucessor, Paulo Souto (1995-1998), depois César Borges (1998-2002), que era vice-governador, e novamente Souto (2003-2006). A era Carlista, sempre com ampla maioria na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), durou quase 25 anos, contados desde a primeira vez em que ACM assumiu, democraticamente, a administração do Estado.

Jaques Wagner assumiu o Estado em 2006 e se reelegeu em 2010, sendo o primeiro governador a obter dois mandatos consecutivos. Nas eleições deste ano, Wagner, que também contou com ampla maioria na Alba durante seus oito anos de governo, também emplacou seu sucessor, o governador diplomado Rui Costa (PT). Agora, Wagner vai virar ministro de Dilma e depois, quem sabe, poderá ter vontade de voltar a governar a Bahia e depois se tornar senador, igual ao seu adversário político, bastante combatido pelo seu partido, o PT. Iniciada em 2006, o "Wagarismo" permancerá pelo menos até 2018, quando serão completados 12 anos da era, liderada, agora, pelo "Neocabeça Branca da Bahia".

Publicada no dia 20 de dezembro de 2014, às 13h39

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp