Política
Publicado em 21/12/2014, às 06h21 David Mendes (Twitter: @__davidmendes)
O Monte Tabor, instituição contratada pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para gerir o Hospital Dantas Bião, em Alagoinhas, afirmou que aguarda, por parte do governo do Estado, o repasse dos recursos previstos no contrato de administração da unidade hospitalar, responsável pelo atendimento a 14 municípios da região. (Aramari, Ouriçangas, Pedrão, Acajutiba, Aporá, Conde, Esplanada, Inhambupe, Nova Soure, Olindina, Sátiro Dias, Itapicuru, Jandaíra e Rio Real).
Os médicos e outros profissionais da área de saúde estão com os salários atrasados há dois meses.
De acordo com o Sindicato dos Médicos (Sindimed), no momento, os atendimentos eletivos do Hospital Dantas Bião estão suspensos, atendendo apenas casos considerados de emergência. Ainda conforme o Sindimed, o Hospital Santa Tereza, em Ribeira do Pombal, que é mantido através de gestão compartilhada entre a Sesab, a Fundação José Silveira e Prefeitura Municipal, também enfrenta as mesmas dificuldades, com médicos sem receber seus vencimentos há três meses, que ameaçam suspender todas as atividades caso os salários não sejam pagos.
A Sesab já tinha informado que os repasses são calculados por estimativas e realizados por antecipação. Ou seja, os recursos referentes ao mês de novembro já teriam sido repassados. A pasta culpou ainda a Monte Tabor por não estar conseguindo fechar a matemática e garantiu que o repasse referente ao mês de dezembro seria feito nesta segunda-feira (22).
Entretanto, o diretor geral da Monte Tabor Alfredo Martini, em nota oficial, que a instituição tem arcado com as antecipações dos pagamentos que deveriam ser feitos pelo Estado, o que teria acarretado, por conta dos constantes atrasos, o “desequilíbrio econômico financeiro”. Para tentar equilibrar as contas, segundo Martini, a Monte Tabor vem, desde 2012, alertando a Sesab desta situação e pleiteando ajustes contratuais, mas sem sucesso, o que pode levar a Monte Tabor deixar a gestão do Hospital Dantas Bião.
“Não havendo o ajuste dos valores do contrato em conformidade com a realidade dos gastos não poderemos continuar como gestores da unidade”, afirmou Martini.
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Publicada no dia 20 de dezembro de 2014, às 11h11
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