Política

Cassação de Argôlo só no ano que vem e olhe lá, diz presidente da Câmara

Publicado em 18/12/2014, às 19h38   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O deputado federal Luiz Argôlo (SDD) passará o natal e o revéllion ainda com o salário e as regalias que o mandato parlamentar oferece. Nesta quinta-feira (18), o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que o processo por quebra de decoro parlamentar que responde por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef teve uma deliberação final em colegiados da Casa antes do recesso parlamentar, o que impediria uma tomada de decisão.

Com isso, o desfecho do pedido de cassação de deputado baiano só deve ser definido pelo próximo comando da Casa, que será eleito em fevereiro do ano que vem, quando os congressistas retomam suas atividades.

De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, consultores da Câmara, no entanto, disseram que a decisão sobre o arquivamento ou a continuidade das ações caberia a Alves.

"Tem os prazos, no Conselho de Ética, que no recesso não acontecerão. Será uma tarefa constrangedora, mas necessária do futuro comando dessa Casa", disse Alves. "Não tem como chegar a minha mesa para tomar decisão [por causa do recesso]", completou o peemedebista.

Primeiro suplente da chapa liderada pelo então candidato ao governo da Bahia Paulo Souto (DEM), Argôlo, que subiu no palanque do governador eleito Rui Costa (PT), pode permanecer com o mandato na próxima legislatura, assim seus parceiros governistas desejem. 

Ainda conforme o diário paulista, Argôlo chegou a procurar consultores da Casa nesta quinta para saber se já havia um entendimento sobre seu caso, já que articula a sua permanência.

O parlamentar baiano é alvo de um processo de quebra de decoro por ter recebido dinheiro e presentes do doleiro Alberto Yousseff, um dos pivôs do esquema de corrupção da Petrobras, acusado de desviar R$ 10 bilhões dos cofres públicos.

A perda do mandato dele foi aprovada pelo Conselho de Ética, mas o político recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para anular alegando que houve irregularidades no andamento da ação.

Na véspera do recesso, uma manobra regimental do colega, deputado Wladimir Costa (SDD-PA), impediu que o caso fosse votado na CCJ e até chegasse ao plenário da Câmara.

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