Política

Rui Costa defende continuação de obras das empreiteiras acusadas de corrupção

Publicado em 15/12/2014, às 19h41   David Mendes (Twitter: @__davidmendes)


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O próximo governador da Bahia, Rui Costa (PT), revelou na tarde desta segunda-feira (15) que está “muito preocupado” com uma possível paralisação do país por conta dos últimos escândalos de corrupção no país, que envolve as maiores empreiteiras, acusadas de formal um cartel que pode ter desviado R$ 10 bilhões dos cofres públicos.

O futuro líder baiano comentou, após receber o diploma de chefe do Executivo baiano (2015-2018), as mil demissões anunciadas na semana passada no Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, consórcio formado pela Odebrecht, OAS , UTC e pela Kawasaki Heavy Industries que atua na construção e integração de unidades offshore, como plataformas, navios especializados e unidades de perfuração.

“É preciso fazer uma concertação, chamar a Justiça, chamar o Ministério Público e punir quem errou, os culpados. Mas não podemos parar o país. Estou muito preocupado com isso. São as maiores empresas do Brasil. Com obras, inclusive, no exterior. É muito ruim para economia brasileira e para os trabalhadores se a crise que envolve pessoas, dirigentes, se transformar em crise econômica agravada pela paralisação das principais empresas do país”, defendeu durante bate-papo com os jornalistas presentes na cerimônia realizada no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador.

Para o futuro líder baiano, as empresas, consideradas importantes para o desenvolvimento do país, não devem ter suas atividades paralisadas.  

“O país não pode esperar dois anos para retornar esse volume de obras. É o momento de as instituições democráticas parar, fazer uma concertação do país e separar o que foi erro, punir as pessoas, do conjunto dessas empresas porque, se não, vamos gerar uma crise e terá muito desemprego pelo país afora”, avaliou.

Ponte Salvador-Itaparica

No rol de grandes obras que precisariam das grandes construtoras brasileiras para a realização dos projetos está a construção da ponte que liga Salvador à Ilha de Itaparica, considerada a obra mais caras da história do estado, que tem custo estimado de R$ 7 bilhões.

“Preparei uma apresentação para a presidente Dilma. Pedi uma audiência já para o mês de janeiro para que ela diga quanto o governo federal poderá colocar no projeto. No primeiro semestre de 2015 iremos organizar uma apresentação desse projeto para grandes investidores do mercado internacional interessados em financiar e construir essa ponte, afinal de contas, esse estudo tem a ver com essa crise que as maiores empresas brasileira passam. Para se construir um empreendimento deste tamanho e se todas as empresas brasileiras estiverem interditadas, só uma empresa internacional poderá construir porque não há outra empresa no Brasil de um porte que possa conduzir um projeto desse. 

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