Política

Políticos desabafam sobre possibilidade de queda da dupla Ba-Vi

Publicado em 07/12/2014, às 14h28   Emerson Nunes (Twitter: @emenunes )


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Que os torcedores da dupla Ba-Vi estão insatisfeitos é público e notório, mas neste domingo (07) que define o futuro dos times no Campeonato Brasileiro, autoridades políticas falaram com o Bocão News e externaram as suas insatisfações. Os dois clubes dependem dos seus resultados e dos resultados da partida entre Palmeiras e Atlético-PR. Os dois podem cair, mas a depender os resultados um pode permanecer na elite enquanto o rival amargará o próximo ano no purgatório da Série B.    
Torcedor do Esporte Clube Bahia, o deputado estadual Carlos Gaban (DEM), afirmou que o clube está nessa situação pela "má gestão da diretoria". O líder da oposição na Assembleia Legislativa criticou a interferência de políticos ligados ao Partido dos Trabalhadores na diretoria do clube. "Quando Fernando Schimidt assumiu a presidência, eu esperava que a gestão do PT no Bahia não fosse igual à gestão do PT na Bahia" desabafou.
Para o demista, a consequência dentro de campo "é o resultado de uma administração extremamente danosa que é essa gestão de Schimidt. O Bahia vai para a segunda divisão e isso é péssimo para o futebol da Bahia porque todo mundo investe aonde dá retorno. Vamos começar 2015 muito mal. Sou católico, mas não acredito em milagre no Futebol. Infelizmente é um momento de repensar o Bahia, que tem uma das torcidas mais apaixonadas do Brasil".
Já a senadora Lídice da Mata (PSB), prefere manter um discurso mais otimista ao afirmar que a "esperança é a última que morre". Lídice, que presenteou o falecido governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com a camisa do tricolor e exibiu o depoimento dele em seu programa eleitoral, não culpa a presidência do Bahia, que para ela "deu um ganho grande" para a democracia no futebol e para o time fora de campo. "Schimidt ajustou as contas do clube, que hoje é democrático e devolveu o Fazendão ao tricolor. São conquistas inegáveis. Infelizmente, no futebol não tivemos o mesmo êxito. O futebol da Bahia e do nordeste precisa ser revisto. Essa política de salários astronômicos é que prejudica", sentenciou.
Do lado rubro-negro o sofrimento é grande também. Figura carimbada nas arquibancadas do Barradão, o secretário de Urbanismo e Transportes de Salvador, Fábio Mota (PMDB), disse ter passado a noite "acendendo vela para Santo Expedito", o santo das causas impossíveis, e pedindo pela permanência do rubro-negro na elite do futebol baiano e criticou a gestão de Carlos Falcão. "Temos uma administração que esfacelou o Vitória. O conselho deveria se reunir convocar uma assembleia e destituir esse presidente. Não precisa nem de intervenção da Justiça, basta o conselho ter autonomia e chamar o sócio torcedor para votar", afirmou o peemedebista ao resumir a campanha do clube este ano.
"O Vitória perdeu o baiano sem ganhar um Ba-Vi, saiu da Copa do Brasil eliminado pelo desconhecido Jota Malucelli, foi humilhado pelo Ceará na Copa do Nordeste e agora passa por mais essa situação. É muito triste ver o ver o Vitória caindo".   
Quem também demonstrou insatisfação foi o vice-governador, Otto Alencar (PSD), senador eleito pela Bahia. Otto disse estar "sofrendo muito" com a situação do Vitória no campeonato, mas preferiu "não falar em atitudes extremas" contra a diretoria, mas afirmou que "Falcão errou em não ter demitido Ney Franco quando ele começou a fazer laboratório e escorou os juvenis que subiram. Não quero nomear culpados, mas não dá mais para contratar esse bonde fim de carreira, que não serve mais para os times do Sul e agora está aí", desabafou o conselheiro e ex-médico do leão.
O Bahia enfrenta o Coritiba, no Couto Pereira. O Vitória recebe o Santos no Barradão e os dois clubes terão que acompanhar o resultado de Palmeiras e Atlético-PR, na Arena Palmeiras. Todos os jogos da rodada começam às 17h, horário de Brasília.

Classificação Indicativa: Livre

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