Política

Em email apreendido pela PF, presidente da OAS chama ACM Neto de ‘grampinho’

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Léo Pinheiro comparou ainda a estatura do prefeito com a do herdeiro da Odebrecht  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana/Arquivo/Bocão News

Publicado em 08/12/2014, às 06h53   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Na apreensão de documentos feita pela Polícia Federal (PF) na casa do presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, durante a Operação Lava Jato, um email enviado em fevereiro de 2012 para o dono da empreiteira, Cesar Mata Pires, chamou a atenção.

“Estive ontem em Juazeiro do Norte. Como o nosso Marcelo é do tamanho do nosso Grampinho, ninguém o viu”, escreveu Léo Pinheiro, como é conhecido, comparando a estatura do herdeiro da construtora baiana Odebrecht à do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).

Grampinho é um apelido adotado pela oposição ao gestor soteropolitano, que teria relação com o caso de supostos grampos ilegais efetuados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) contra desafetos do avô, o então senador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007).

Na resposta, Mata Pires, que era genro do senador ACM, ironizou: “Pertencem a uma terceira geração de grandes e poderosos líderes. Ambos carismáticos e obstinados”, replicou.

O empreiteiro, casado com Tereza Magalhães, filha do ex-senador ACM, protagonizou uma ferrenha disputa pela herança deixada pelo ex-senador. Após sério confronto, o casal renunciou os direitos na herança, avaliada na época em R$ 500 milhões. 

Hoje, ao 65 anos, o empresário é dono de uma fortuna estimada em cerca de R$ 5 bilhões e está na lista da revista Forbes de bilionários do mundo. 

Além de Léo Pinheiro, executivos e funcionários da OAS foram presos na nova fase da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção que atuava na Petrobras. Também tiveram prisão temporária decretada Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da companhia em São Paulo, e Alexandre Portela Barbosa, advogado da empreiteira.
Publicada no dia 7 de dezembro de 2014, às 13h03

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