Polícia

Exclusivo: Kelly Cyclone revela detalhes sobre fama de “patroa do tráfico”

Gilberto Júnior / Bocão News
Kelly tem fama de perigosa, mas se diz inocente  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior / Bocão News

Publicado em 31/03/2011, às 12h54   Rafael Albuquerque


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Quem vê o sorriso largo de Kelly Sales Silva não imagina a fama que a garota tem. Conhecida como Kelly Cyclone, em referência à marca de roupas, revelou nesta quinta-feira (31) ao Bocão News suas aflições e tentou desmistificar a imagem de “patroa do tráfico” que tem desde que se envolveu com o traficante Sidney e foi presa na famigerada "festa do pó", em Salvador.

No quintal de sua casa, localizada em um município da Região Metropolitana de Salvador, Kelly recebeu a equipe do Bocão News. Meio acanhada no início, a entrevistada falou que tem um comportamento normal, que se diverte nas festas, dança e até bebe, mas que não usa drogas. “As festas que eu vou são no Wet’n Wild e no Oba Oba". Questionada sobre a tal festa do pó, em que foi presa na Boca do Rio, em Salvador, Kelly foi enfática: “Festa do pó nunca mais. Apesar de que não foi a festa do pó, mas é o que todo mundo fala”.

A garota vai além: “nunca andei com drogas na minha vida. Se tiver alguém do meu lado eu digo que se quiser sair comigo pode, mas não com flagrante de droga”. Kelly diz não ser perigosa e que até está acostumada a ser revistada pela polícia, ação que acontece rotineiramente. “No Muquiverão os policias sem farda me tiraram do camarote, me puxaram e me levaram dizendo que era averiguação. Teve um que me deu uma broca tão grande que eu voei longe. Nenéu, dono do Parangolé, até viu”, disse rindo.

Sobre o relacionamento com o traficante Sidney, com quem tem um filho, ela afirmou: “sinto muita falta dele, independente do que ele era. Ele brigou muito quando viu aquelas fotos no Orkut com as armas, mas fazer o quê? Não viveria isso de novo, mas tentaria mudar a vida dele”.

E foi com esse propósito de mudança que Kelly Cyclone concedeu entrevista ao Bocão News, acompanhada da mãe Cida, do padrasto e de uma amiga, e comentou sua popularidade entre os policias: “no carnaval, os policiais que gostam de mim falaram comigo, perguntaram se estava tudo bem. Da Barra até a Ondina ninguém procurava comigo e nem eu procurava briga com ninguém”.

Apesar de se dizer inocente na maioria das acusações, Kelly acha graça de toda a história e se mostra seduzida pela fama de vida louca, filosofia de vida que fez questão de tatuar no corpo. Mas nessa loucura que se tornou a vida de Kelly, a “festa do pó” foi o fato que mais contribuiu para que a garota ficasse conhecida e até fosse admirada: “toda festa que eu vou o povo sempre quer falar comigo e tirar foto. Antes o povo só me conhecia pelo Orkut, agora as pessoas sabem que eu passei no Se Liga Bocão”.

Sobre um possível espancamento pela polícia, Kelly se mostrou receosa: “nem gosto de falar nisso pra eles não ficarem com raiva. Até porque porrada dada ninguém tira”. Neste momento da entrevista, a mãe interveio: “tenho muito medo de perder minha filha”. Ao finalizar a entrevista, Kelly Cyclone revelou ao Bocão News: “eu quero mudar minha imagem porque eu não agüento mais. Creio em Deus que tudo vai mudar. Porque quem não deve não teme, e quem deve é que tem que se esconder”.

Kelly Cyclone e a mãe ao fundo

Fotos// Gilberto Jr / Bocao News

Classificação Indicativa: Livre

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