Polícia

Paulinho Mega nega ter matado advogado: "Só sequestrei"

Paulo M. Azevedo
Comparsa, entretanto, desmente. Diz que matou advogado a pauladas a mando de Mega  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo

Publicado em 09/09/2014, às 06h59   Tiago Di Araujo (twitter: @tiagodiaraujo)


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Foi realizada na manhã desta segunda-feira (8), na Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP), a apresentação dos acusados do sequestro e assassinato do advogado Ricardo Andrade Melo, de 37 anos, em abril deste ano. De acordo com a Polícia Civil, que prendeu os acusados através do Comando de Operações Especiais (CEO), Paulo Roberto Gomes Guimaraes Filho, conhecido como Paulinho Mega, e Arivan de Almeida Moraes foram os autores do crime. O pai de Paulinho Mega, o senhor de 66 anos, Paulo Roberto Gomes Guimarães, também foi preso por suspeita em participar do caso, mas ainda não foi confirmado.

Paulinho Mega foi preso no centro de São Paulo na noite da última sexta-feira (5) e trazido para Salvador numa operação conjunta entre as policias baiana e paulista. Durante a apresentação, o acusado confessou participação no sequestro do advogado, mas negou ter matado ou dado a ordem para execução da vítima. Segundo ele, foi esquematizado junto com seu comparsa Arivan somente o sequestro, pois precisava do dinheiro para fugir do Brasil, por conta da condenação de 22 anos de prisão devido a um latrocínio anteriormente. 

Em depoimento ao delegado Cleandro Pimenta, Paulinho afirmou que viajou para São Paulo com o seu pai, que não sabia de nada, 48 horas depois do sequestro e a vítima ficou no cativeiro, localizado dentro da fábrica Bahia Palet, em Castelo Branco, com Arivan. Da capital paulista, teria feito o contato com a família do advogado para pedir o dinheiro do resgate, que inicialmente seria R$ 300 e posteriormente pretendia alcançar R$ 2 milhões. 

Após sete dias, Paulinho entrou em contato com Arivan para informar que o pagamento ainda não tinha sido efetuado, recebendo a resposta do comparsa: "Agora já era", mas que não ordenou nenhuma ordem. Já o Arivan, acusou Paulinho de participar na execução e da ocultação do corpo, e ainda afirmou que o crime foi realizado nas primeiras 48 horas. 

Durante a apresentação, Arivan se manteve calado, sem falar com a imprensa. Mas, de acordo com Pimenta, o acusado contou que deu uma paulada na cabeça do avogado e em seguida jogou o corpo na cisterna, próximo ao cativeiro. Os autores do crime se conheceram durante cumprimento de pena em um penintenciária no Mato Grosso. 



Publicada no dia 8 de setembro de 2014, às 12h50

Classificação Indicativa: Livre

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