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Major Estrela se revolta com prisão de Prisco e pede exoneração

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Comandante Estrela polemiza quando o assunto é pena de morte e defende categoria  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/05/2014, às 08h13   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Um dos fortes nomes da Policia Militar do Estado da Bahia e responsável pela segurança de bairros cuja violência costuma apontar altas estatísticas, o Major Estrela, comandante da 23ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) pediu exoneração do cargo.

A notícia anunciada na Rádio Sociedade, na manhã deste sábado (17), teve sua explicação detalhada em conversa exclusiva do oficial com a reportagem do Bocão News. "Um dos motivos é que fiquei revoltado com a prisão de Prisco. Sei que é uma ordem judicial e respeito, mas é desumano a forma como ele está sendo tratado. Pedi sim exoneração porque quero ficar livre para desabafar e não me sinto bem na condição de comanadante em fazer isso. Estou revoltado", revelou, afirmando haver outros motivos que o levaram a abrir mão do cargo do qual lhe cabe as responsabilidades sobre as localidades de Suvaco da Cobra, Buracão, além dos bairros de Tancredo Neves, Cabula e Arenoso.  "Os outros motivos conferem com minhas declarações que venho dando na imprensa. Sou contra a impunidade e sou a favor que a constituição mude para permitir pena de morte para bandido rico e politico ladrão. Sou contra pena de morte para bandido pobre", disparou.
Para Major Estrela, a corrupção é um crime coletivo e por isso tem que ser combatida de forma severa. "Esses calhordas não têm mais salvação não. Saindo do cargo fico à vontade para falar e desabafar porque tenho uma revolta muito grande. O problema hoje é a impunidade e não a falta de segurança", afirmou.
Segundo o oficial, a decisão de deixar o cargo já foi comunicada ao comando geral que "não deixou eu sair e pediu que eu permanecesse. Mas, eu disse que meu pedido é irretratável. Até me ofereceram o comando de uma especializada, mas ainda estou pensando porque não me prendo a cargo", reforçou.
Sempre chamando a atenção para a situação de Prisco, o major, que é formado em direito, disse estar acompanhando o caso e acredita que "quem tem que ficar preso daquele jeito é bandido de alta periculosodade. Sou contra a prisão de Prisco, sempre fui e estou revoltado com isso", concluiu.
Situação de Prico
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu hoje (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o vereador Marco Prisco, que liderou o movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, seja transferido para o presídio federal em Porto Velho (RO). O pedido será analisado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator do habeas corpus no qual o vereador pede prisão domiciliar.
O pedido do procurador foi feito após o resultado de um relatório médico, divulgado ontem (15). A junta médica, formada por dois servidores do Supremo, concluiu que Marco Prisco “não apresenta, no momento, evidência de cardiopatia que exija tratamento hospitalar ou domiciliar.

Matéria originalmente publicada às 10h30 do dia 17 de maio

Classificação Indicativa: Livre

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