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Após denúncia do Bocão, MP pede explicações sobre regalias de Kátia Vargas

Imagem Após denúncia do Bocão, MP pede explicações sobre regalias de Kátia Vargas
Segundo fontes, médica tem alimentação especial, tablet e visita íntima  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/11/2013, às 13h06   Caroline Gois (@goiscarol)


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As denúncias sobre regalias concedidas à médica Kátia Vargas, acusada de matar os irmãos Emanuel e Emanuelle, no dia 11 de outubro, no bairro de Ondina, em Salvador, chamaram a atenção do Ministério Público do Estado da Bahia. "Vi ontem a matéria no Bocão Newse vou entrar hoje mesmo com um pedido de explicações junto à diretoria do presídio sobre a situação de Kátia Vargas na prisão", afirmou o promotor Davi Galo, em conversa com a reportagem do site na tarde desta terça-feira (19).
Na segunda-feira (18), a redação do site Bocão News foi surpreendida com denúncias que apontam regalias concedidas à médica oftalmologista. Desde que a médica foi presa, no dia 17 de outubro, informações sobre privilégios concedidos à detenta já tinham sido relatados por fontes que têm acesso ao local. Entre algumas regalias estavam as visitas de familiares em horários fora do autorizado pelo presídio e uma alimentação especial. "Ela não come comida do presídio. Vem tudo de restaurante de fora", contou a fonte, que hoje decidiu falar um pouco mais. 
Em contato com a redação, a fonte foi ainda mais longe e garantiu que "o marido dela dormiu aqui de sexta para sábado. Ele entrou às 19h30 de quinta e saiu às 8h de sexta. Já de quinta para sexta foi a vez de uma amiga dela que eu soube que é advogada. Todos aqui sabem disso, mas têm medo de falar. Por isso, os familiares de muitos presos estão se reunindo para denunciarem juntos este absurdo que está acontecendo aqui dentro", afirmou.
Ainda na noite de ontem, uma das fontes informou quem seriam os responsáveis por conceder as regalias à médica. Estes nomes já foram comunicados pelo Bocão News ao Ministério Público, que promete investigar cada um. "Já oficiei o pedido. A diretoria do presídio tem 48 horas para dar explicações. Caso seja comprovado que houve regalia deverá ser aberto um processo administativo ou judicial. A situação deve ser esclarecida. Não pode haver regalias para ninguém já que todo mundo está lá na mesma condição", afirmou Gallo.

O site Bocão News tentou por diversas vezes falar com secretário da 
Secretaria de Adminstração Penintenciária e Ressocialização (Seap), Nestor Duarte Neto, cuja assessoria informou que o mesmo se encontrava em reuniões, não podendo nos atender hoje.

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