Polícia

Associações de policiais pedem que segurança pública seja repensada na Bahia

Publicado em 22/02/2015, às 19h20   Tony Silva (twitter: @Tony_SilvaBNews)


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Durante o sepultamento do soldado assassinado no bairro do IAPI, Edmilson Baiana Barreto, 46 anos, no cemitério Quinta dos Lázaros, na tarde deste domingo (22), representantes de associações de soldados e policiais militares mostraram indignação com a morte do PM e a quantidade de profissionais mortos entre o ano passado e o início deste ano. Foram 31 policiais mortos em 2014 e já são cinco em 2015.

Para o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), sargento Roque Santos, os policiais mortos são tratados de forma diferenciada. “Eu cobro a presença dos direitos humanos para que dê a apoio às famílias das vítimas porque os policiais também são detentores dos direitos humanos. Há diferença no tratamento com os policiais. Você não vê nenhum órgão de direitos humanos se manifestar favorável à apuração de morte de policiais. Quando é um bandido que morre, existe comissão, reuniões, e uma pressão grande para que haja algum tipo de punição contra os policiais”, comenta.

Já Fábio Brito, presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), disse que a segurança pública na Bahia, precisa ser repensada. “Enquanto a gente não parar de brincar de fazer segurança pública, mais e mais agentes de segurança vão morrer. A gente tem pautado nossas ações de forma equivocada. É preciso repensar esse modelo de segurança pública que está aí. Enquanto as instituições que foram criadas para proteger o estado democrático de direito não acordarem, saírem da inércia e vir discutir segurança pública com seriedade, ao invés de estar culpabilizando os policiais pelo aumento de índices de violência, enquanto não for feito um trabalho sério, a gente estará no caminho errado”, avalia.

Sobre as comissões de direitos humanos criadas no âmbito municipal, estadual e federal, Fábio disparou. “Existe comissão de direitos humanos para proteger os bandidos e marginais que caem em confronto legítimo com a polícia. A polícia militar não age em seu bel prazer, ela age em exercício regular de direito, e em legítima defesa e estrito cumprimento do dever. É preciso uma audiência pública com seriedade pelo Ministério Público, pela Ordem dos Advogados, especialmente a seção Bahia”, argumenta.

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