Política

Solla diz que Sesab se encontra em situação caótica

Publicado em 09/01/2016, às 08h51   Rodrigo Daniel Silva (@rodansilva)


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Obras paralisadas, falta de medicamentos, farmácias populares fechadas e mais de mil profissionais demitidos em apenas um ano de gestão. Essa é a situação da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) relatada pelo deputado federal e ex-secretário da pasta, Jorge Solla (PT).

Em entrevista a uma rádio local nesta sexta-feira (8), o petista, que comandou o órgão entre os anos de 2007 e 2014, teceu duras críticas às decisões tomadas pelo atual gestor, Fábio Villas-Boas. Solla estima que essas medidas geraram uma “economia” de cerca de R$ 300 milhões para a pasta. Em contrapartida, houve um aumento da desassistência aos usuários da saúde pública.

Conforme dados apresentados pelo deputado, a Sesab fechou, em um ano, 28 farmácias populares, 63 leitos de obstétrica, 29 UTIs neonatais e mais de mil servidores foram demitidos sem o pagamento do FGTS. Solla disse que a denúncia era de um “profissional da saúde”, e não do deputado federal.

“Sei das dificuldades e da importância de manter esses serviços funcionando. (...) Passei todo o ano conversando com o governo, sinalizando as dificuldades, propondo soluções, mas, infelizmente, a cada dia, temos visto a situação se agravar”, criticou.

Ainda na entrevista, Solla disse que houve um aumento da judicialização por remédios contra a Sesab, pois tem faltado “medicamentos que eram comprados regularmente”. “Há uma perda de prioridade na área de saúde”, disparou. O deputado federal disse também que a epidemia de dengue, chikungunya e zika, em municípios da Bahia, se deve a falta de assistência de saúde por parte do estado.

Esta não é a primeira vez que Solla dispara a artilharia contra a atual gestão da Sesab. Poucos dias após Villas-Boas assumir a pasta, em janeiro do ano passado, o petista afirmou que o secretário de Saúde foi “insensível” ao demitir 200 servidores do órgão. A declaração foi feita no aplicativo WhatsApp. Na mensagem, o deputado federal disse que os funcionários tinham os salários mais baixos da secretaria, o que demonstra que não houve preocupação, de fato, com a necessária redução de custos para enfrentar o arrocho financeiro previsto para o ano de 2015 no Estado e no País.

“A dita economia se deu com corte dos cargos mais baixos. O corte atingiu os que ganham menos salários e que davam sustentação ao trabalho administrativo das unidades e do nível central, já que tem 20 anos que não se faz concurso para a área administrativa do estado”, afirmou na época.

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