Polícia

Facas, celulares e drogas são lançados dentro do presídio em Salvador

Publicado em 08/12/2015, às 07h21   Tony Silva (twitter: @Tony_SilvaBNews)


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Cerca de 11 pacotes com materiais ilícitos foram arremessados por cima dos muros da Cadeia Pública de Salvador, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, nesta segunda-feira (7). De acordo com informações de agentes penitenciários, nos pacotes conhecidos como “bolas”, estão facas, aparelhos celulares, drogas e outros materiais proibidos.

De acordo com Fernando Santos Fernandes, delegado sindical, do Sindicato dos Servidores Penitenciário do Estado da Bahia (Sinspeb), a prática é comum nas unidades prisionais do complexo da Mata Escura. “Isso acontece todos os dias. Estamos praticamente enxugando gelo. Tudo que a Secretaria de Administração Prisional e Ressocialização da Bahia (Seap) fez foi proibir agentes penitenciários de registrar com seus aparelhos celulares para que nada seja divulgado na imprensa”, desabafa.
Ainda segundo os agentes, quase que diariamente pessoas tentam entrar com drogas e até outros objetos introduzidos em partes íntimas por saberem que no sistema prisional não existe scanner ou algum equipamento que possa identificar os objetos. “Nosso scanner são nossos olhos, que diariamente coíbem essa prática”, disse Fernando.
Segundo uma publicação na página do sindicato, no dia 29 de novembro uma mulher foi flagrada tentando entrar no Presídio Salvador com uma considerável quantidade de maconha introduzida em sua vagina.  
Em contato com o Bocão News, a assessoria da Seap não confirmou o quantitativo declarado pelo sindicato dos agentes penitenciários, mas disse que conta com o apoio do Batalhão de Guarda da Polícia Militar para patrulhar todo o perímetro do complexo e também estuda a possibilidade de construção de um muro para circundar o Complexo Penitenciário em toda sua extensão.
Sobre a entrada de objetos e drogas no corpo de visitantes, a Seap disse que possui detectores de metais portáteis tipo banqueta, que é um inspetor micro processado que identifica objetos metálicos na região pélvica, “sem a necessidade de desnudamento, evitando a revista vexatória”. Utilizado há mais ou menos um ano, o sistema, segundo a secretaria, conseguiu conter várias tentativas de adentrar as unidades com objetos não permitidos. 
A secretaria disse ainda que não possui scanner corporal, por se tratar de um equipamento muito novo e ainda não utilizado em nenhum presídio do país, mas ressaltou que já existe um projeto para incorporar os equipamentos ao sistema penitenciário baiano. Entretanto garantiu que “o detector de metal manual possui alta sensibilidade, sendo capaz de detectar pequenos objetos metálicos, lâminas e material não-ferroso”.
Publicada no dia 7 de dezembro de 2015, às  22h27

Classificação Indicativa: Livre

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