Durante 15 anos, o antropólogo baiano Roberto Albergario comentou assuntos do cotidiano na rádio Metrópole FM. Na manhã deste domingo (5), no enterro do corpo do intelectual, o radialista Mário Kertész frisou a coragem do antropólogo que morreu na última sexta-feira (3), em Salvador.
"[Tinha a] coragem de denunciar a hiprocrisia baiana", disse o apresentador, com a voz embargada e os olhos marejados. O corpo do pesquisador está sendo sepultado no Cemitério do Campo Santo, no bairro da Federação.
Nascido em Cachoeira, Roberto Albergaria de Oliveira se formou em história na Ufba em 1974, após abandonar a faculdade de direito da Ufba em 1969. Era professor associado da Ufba e seu trabalho se concentrava na área da Antropologia, com ênfase em Antropologia do Cotidiano, Urbana e Histórica, atuando principalmente nos seguintes temas: mídia, carnaval, sociabilidade, simbolismo e baianidade. Ao longo da vida, Albergaria publicou também diversos artigos no jornal A Tarde.
Publicada às 11h45 do dia 5
