Meio Ambiente

Caso Prainha: Eugênio Spengler defende que local não pode ser área de lazer

Publicado em 18/05/2016, às 09h54   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


FacebookTwitterWhatsApp

O polêmico caso envolvendo a famosa Prainha, no Porto de Aratu, em Candeias, segue em gerando discussões. Por um lado, a Braskem tem interesse na construção de um terminal industrial na área da praia e possui aval do governo estadual através da liberação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Do outro, estão ambientalistas, pescadores, marisqueiras e banhistas que argumentam o fato de o local ser parte de uma Área de Preservação Ambiental (APA).

O imbróglio repercutiu até na prefeitura de Candeias, onde o prefeito Sargento Francisco retirou de tramitação na Câmara de Vereadores o projeto do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) porque a matéria previa a transformação da Prainha em área industrial.

Nesta quarta-feira (18), o secretário estadual de Meio Ambiente, Eugênio Spengler, defendeu, em entrevista à Metrópole FM, a mudança no perfil da área. Ele recorreu ao parecer técnico do Inema para justificar o fim da área de lazer que só é acessada por mar. “O Inema foi instado a fazer uma análise técnica do estudo de análise de risco elaborado pela Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), e o fez, deu seu parecer. Considera pertinentes os pareceres da Codeba e dos órgãos técnicos que recomendam restrição ao uso recreativo da área da Prainha devido aos limites legais portuários”, explicou Spengler, que ressaltou o risco de se frequentar a área localizada entre o Porto de Aratu e o complexo industrial.

O secretário disse desconhecer uma suposta chantagem que a Braskem teria feito no sentido de que se o governo não tornasse a área ambiental uma zona industrial que permitisse a ampliação do complexo portuário, a empresa migraria para Alagoas. “Eu desconheço essa informação. Há uma mesa permanente de negociação com representantes do governo ligados à Casa Civil, à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, órgãos federais como a Codeba e empresas interessadas, dentre elas a Braskem”, elencou.

Foto: Rafael Martins/Secom/Divulgação

Notícias relacionadas:

Prefeito de Candeias tira PDDU de tramitação e diz que Prainha será preservada

Câmara de Candeias recua e suspende votação do PDDU

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp