Meio Ambiente

Estre não quis se manifestar sobre acusações da Sustentare

Publicado em 12/02/2015, às 09h08   Rodrigo Daniel Silva (Twitter: @rodansilva)


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Acusada pela Sustentare Ambientais S.A de ser a autora das denúncias de danos ambientais no aterro sanitário de Feira de Santana, a empresa Estre afirmou, em contato com o Bocão News, que não vai se manifestar sobre o assunto.
Respondendo aos questionamentos do Bocão News, a Sustentare disse que as acusações, que teriam partido da Estre, “são motivadas por disputas comerciais ao longo de vários anos”. De acordo com a empresa, a Estre perdeu, em dezembro do ano passado, uma concorrência de menor preço da operação do aterro em Feira de Santana para a Sustentare. “Em virtude disso, a Estre está tentando, a qualquer custo, nos desqualificar e induzir a mídia a noticiar fatos inverídicos para fechar o nosso aterro e assumir a operação com preços mais altos”, ressaltou.
Ao Bocão News, a Sustentare fez questão de destacar que a Estre foi citada pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Conforme informações da revista Carta Capital, em depoimento de sua delação premiada, o ex-diretor, confessou ter recebido 1,4 milhão de reais de Wilson Quintela, da Estre Ambiental.
Nesta terça-feira (10), o Ministério Público pediu  à Justiça a suspensão imediata de todas as atividades do aterro sanitário operada pela empresa Sustentare Serviços Ambientais S.A. O órgão tinha recomendado, na última sexta-feira (6), ao Instituto de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Inema) a interdição ou suspensão total das atividades do aterro. 
Com base em relatórios elaborados pela Câmara de Saneamento do MP e pelo Inema, a promotora de Justiça Ambiental, Karinny Guedes, afirmou que as atividades da Sustentare “têm resultado em contaminação do solo e de recursos hídricos por chorume, além da poluição atmosférica causada pelos gases”. No pedido, lembrou que a empresa tem descumprido decisão liminar concedida pela Justiça em face de um primeiro pedido feito em ação civil pública ajuizada em 2013 contra as irregularidades.
Segundo a promotora, os relatórios apontam que, desde março de 2012, o Inema constatou pelo menos seis ocasiões diferentes de danos ambientais no aterro sanitário da Sustentare. Mesmo com as notificações e aplicação de multas pelo órgão ambiental e com a decisão judicial suspendendo as atividades relativas à destinação inadequada de chorume, a empresa se manteve em funcionamento, praticando reiteradas irregularidades operacionais e gerando danos ambientais.
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Nota originalmente postada dia 11

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