Manifestação

Hospital Espanhol ganha abraço solidário na manhã deste sábado (1º)

Publicado em 02/08/2015, às 07h36   Tiago Di Araujo (@tiagodiaraujo)


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Na manhã deste sábado (1º), sócios, médicos e ex-funcionários do Hospital Espanhol realizaram um ato contra o fechamento da unidade. O "abraço solidário" foi organizado pelo Fórum Independente dos Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol (Fisache) e pela Associação de Moradores e Amigos da Barra, e contou também com a participação de moradores da Barra, que sempre tiveram o hospital como a principal referência de saúde da região. 
"Queremos a saída da atual diretoria. O sentimento é de indignação por conta do fechamento do hospital", disse Mirian Boullosa, integrante do movimento. "Buscamos alertar para que não deixe de ser hospital, pois é a principal referência de saúde da região", reforçou outro, Renato Leiro.
Com 70 anos de idade, o sócio-fundador do Hospital, Bernadino Fernandez Soto, afirmou que passa dificuldade para manter a saúde em dia, por conta da falta de assistência atual da unidade aos sócios. "Não temos mais nenhuma assistência. Temos que pagar consultas caras e isso causa dificuldade para meus filhos, que arcam com todos os valores", contou. 
Buscando amenizar os impactos da falta de assistência aos sócios causada pelo atual momento do hospital, o Dr. Carreiro, médico cirurgião e clínico, contou que tem realizado atendimentos gratuitos todos dias. "Esse atendimento é uma resposta aos carentes, pois, muitos problemas são resolvidos apenas com consultas. Como são muito carentes, não tem como pagar consultas em outros hospitais", disse Carreira que realiza cerca de dez atendimento por dia. O médico, que trabalha na unidade há 40 anos, se sentiu surpreso com a situação do hospital. "Eu nunca pensei que uma instituição tão importante e de grande representatividade, pudesse hoje viver cambaleando". 
Durante o ato, a sócia Maria Lourdes Domingues, 66 anos, se mostrou completamente indignada. "Fecharam as portas e não nos deram nenhuma satisfação. Nós somos responsáveis pela fundação e sucesso desse hospital. Merecemos o mínimo de respeito", bradou a moradora da Barra há 40 anos. 
Quem também esteve presente foi o diretor do SindiSaúde da Rede Privada, Jamilton Goes, que disse ver com muita tristeza o fechamento do hospital. "A população de Salvador perde 37 leitos de UTI, 280 leitos clínicos e cerca de 2.700 empregos. Por isso, o SindiSaúde vê com muita tristeza o fechamento de uma unidade que representa muito a saúde do Estado. Queremos vê-lo de volta o quanto antes", finalizou. 
Publicada no dia 1º de agosto de 2015, às 12h

Classificação Indicativa: Livre

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