Justiça

Rodoviários e patrões não entram em acordo e disputa vai para o TRT

Ministério Público do Trabalho
Trabalhadores já decretaram greve para a 0h desta quarta (23)  |   Bnews - Divulgação Ministério Público do Trabalho

Publicado em 21/05/2012, às 15h24   Redação Bocão News


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A segunda reunião de mediação entre os sindicatos de trabalhadores e de empresários do setor de transporte público de Salvador terminou sem acordo na manhã desta segunda-feira (21). Os trabalhadores já decretaram greve para a 0h da próxima quarta-feira (23).

Patrões e empregados levaram propostas para o encontro realizado na sede do Ministério Público do Trabalho, no Corredor da Vitória. No fim da reunião, um oficial de justiça entregou notificação ao presidente do sindicato dos rodoviários, Manoel Machado, informando que uma liminar obtida pelas empresas de transporte determina a manutenção de frota mínima de 40% durante a greve, com o percentual subindo para 60% nos horários de pico.

“Com a entrada do poder Judiciário na questão, a negociação no MPT foi suspensa e deverá seguir no Tribunal Regional do Trabalho”, explicou o procurador Pedro Lino de Carvalho Júnior, que atuou como mediador nesse caso.

Ele se referiu à reunião marcada para esta terça-feira (22), às 16h na sede do TRT5. Para o procurador, “houve avanços importantes, uma vez que os dois lados chegaram aqui depois de 11 rodadas sem sequer haver uma contraproposta à pauta apresentada pelos trabalhadores. Apresentamos uma primeira contraproposta e hoje os dois lados trouxeram propostas para a mesa. Agora, cabe à Justiça conduzir a mediação para obter um acordo”, avaliou.

A proposta apresentada pelo MPT  atendia aos principais pontos da pauta de reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado da Bahia. Um deles é a volta do pagamento do quinquênio, benefício que os rodoviários tinham em acordos anteriores, mas que foi suprimido em um dissídio coletivo.

Também foi proposto o reajuste salarial da categoria calculado com base no índice de inflação medido pelo Dieese, mais 3% de ganho real. Além disso, as empresas passariam a fornecer 30 tíquetes alimentação, com valor de R$ 12, e mediante desconto de 20% do valor no salário. Hoje são fornecidos 26 tíquetes de R$ 10,70.

A pauta dos rodoviários traz uma série de itens, dentre os quais se destacam o reajuste salarial composto pelo índice inflacionário medido pelo Dieese mais ganho real de 8%, além de pagamento de quinquênio e aumento do valor do tíquete-alimentação.

A contraproposta admitia reajuste composto pela inflação do Dieese mais 5%, mas também queriam garantia de piso salarial de R$ 700 e manutenção do desconto de 10% do valor de face do tíquete. Os empresários propuseram pagar o reajuste salarial, com base no INPC, mas só a partir de setembro. Eles também não aceitaram retomar o pagamento de quinquênio. A categoria faz nova assembleia nesta terça (22), mas antes haverá negociação no TRT.

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