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Itabuna: população pede solução para problema no abastecimento de água

Publicado em 30/11/2015, às 06h24   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Uma pesquisa realizada pelo Instituto Dataqualy, encomendada pelo Movimento Empresarial do Sul da Bahia (Mesb), aponta que 86,3% dos entrevistados em Itabuna são a favor de que a prefeitura faça uma parceria com o governo do Estado e a iniciativa privada para realizar investimentos para resolver o problema de água e esgoto sem aumentar a conta do cidadão. 

O levantamento apontou que oito em cada dez famílias itabunenses não têm abastecimento de água regular, sendo que mais de 60% da população só recebe água em três dias na semana, situação que se agrava ainda mais nos períodos de estiagem. Além do problema crônico no abastecimento, a consulta evidência a grave situação dos serviços municipais de esgotamento sanitário, que são essenciais à saúde e qualidade de vida da população. 

O principal entrave para solucionar o problema do saneamento básico de Itabuna é a incapacidade atual de investimentos tanto por parte do Executivo Municipal, quanto Estadual e Federal. Só para resolver a questão da falta de água e do esgotamento sanitário no município, são necessários investimentos da ordem de R$ 350 milhões, conforme a prefeitura. 

Na próxima sexta-feira (4), será realizada a Conferência Municipal de Saneamento Básico (CMSB) de Itabuna. O encontro concluirá o processo de discussão do Plano Municipal de Saneamento, depois da realização de audiências públicas com os segmentos da sociedade civil. Para tentar resolver o problema, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite (PRB), discute a possibilidade de entregar a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) à iniciativa privada, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). 

Para o presidente do Mesb, Élio Nascimento, os itabunenses não suportam mais assistir à morte do Rio Cachoeira, que virou um esgoto a céu aberto, nem o sofrimento por causa da frequente falta de água na cidade. O representante do setor produtivo destaca que o município, o estado e o governo federal estão sem capacidade financeira para os investimentos necessários à solução dos problemas de saneamento de Itabuna. “A questão precisa ser enfrentada pela prefeitura e o interesse público da grande maioria deve prevalecer sobre o corporativismo de alguns”, defendeu Nascimento. De acordo com dirigente, a pesquisa mostra que a população quer uma solução “que não meta a mão em seu bolso”.

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Publicada no dia 29 de novembro de 2015, às 15h

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