Violência contra crianças é tema de debate na Câmara

Evento contou a presença de combatentes de proteção à infância e adolescência | Reginaldo Ipê

Publicado em 21/10/2014, às 17h36 Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)

A Câmara Municipal de Salvador promoveu na sexta-feira (17) audiência pública com o tema Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, requerida pelo vereador Leandro Guerrilha (PSL). Com o objetivo de trazer para o Legislativo o debate para conscientização dos problemas enfrentados por diversas famílias soteropolitanas, o evento no auditório do Centro de Cultura da Casa contou com a participação de personalidades ligadas à causa.

Como presidente da Comissão Especial da Família, o vereador Leandro Guerrilha destacou a questão como um problema caseiro, que precisa ser combatido através da vigilância e da participação dos governos municipal e estadual. “Imagine as consequências de uma criança que é abusada sexualmente pelo seu próprio irmão, pelo seu próprio cunhado, pelo seu próprio pai ou pelo seu próprio padastro”, indagou Guerrilha.

Representando o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca), a assistente social Sheila Araújo dos Santos falou sobre o enfrentamento diário de casos envolvendo abuso a menores. Sheila disse que é importante estar atento aos sinais apresentados que apontam mudanças de comportamento nas vítimas.

Sobre a importância da audiência, a assistente social destacou que “é importante promover o diálogo sobre este problema que não acontece apenas em um grupo social, mas está presente em todas as classes, sendo que as classes mais baixas estão mais expostas”. Denúncias de violência contra crianças e adolescentes podem ser encaminhadas ao Cedeca através do telefone 0800 284 5551.

Durante a audiência pública, o vereador Leandro Guerrilha chamou a atenção para o excesso de informações e compartilhamentos que expõem as pessoas. Ao salientar a presença de crianças da Escola Municipal Engenho Velho da Federação em um debate tão delicado, Guerrilha afirmou que “o mundo está nu. Hoje todo mundo vê tudo”, em referência a necessidade de entendimento precoce, em uma era acessível à internet e a programação descompromissada das redes de televisão.

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