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Não liberaram o corpo do meu filho, diz mãe do advogado morto por Paulinho Mega

Publicado em 21/10/2014, às 09h16   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Em conversa com o Bocão News na manhã desta terça-feira (21), a empresária Miriam Andrade, mãe do advogado Ricardo Andrade Melo, 37 anos, sequestrado e assassinado em setembro deste ano, revelou que após um mês e 15 dias, o corpo ainda não foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML).
“A dor que eu sinto só sabe quem já passou. Só mãe sabe como é a perda de um filho. Principalmente a forma cruel como aconteceu comigo. Fiquei quatro meses na expectativa que ele iria voltar e não voltou... O corpo dele está no IML há mais de um mês. Depois que passou o primeiro o turno das eleições, eu soube que a demora toda foi porque faltava material para fazer o DNA ósseo”, conta. 

Ainda em conversa, ela disse que o coordenador do IML, Paulo Sérgio Peixoto de Araújo,  prometeu que o corpo estaria liberado hoje. “Confiante na palavra dele eu preparei tudo para o enterro, mas ontem liguei a tarde, e uma médica me atendeu. Ela disse que o corpo não seria liberado hoje. Isso é brincadeira? Por isso, a minha revolta e desespero. Eu quero a liberação do corpo do meu filho integral. É o mínimo que posso pedir depois de tudo que passei”, lamenta.

Prisão
Em depoimento à polícia, Paulo Roberto Gomez Guimarães Filho, o Paulinho Mega, confessou que sequestrou e matou o advogado com a ajuda de dois comparsas. A prisão dele ocorreu com atuação da Divisão Anti-Sequestro da Polícia Civil paulista e o Centro de Operações Especiais da Polícia Civil do Estado da Bahia (COE). Paulo Roberto Gomez Guimarães, pai de Paulinho Mega, também foi preso. Segundo a polícia, ele já respondeu a processo criminal acusado da prática do crime de descaminho e ainda está sob suspeita de participação no sequestro do advogado. 

Paulinho Mega foi condenado a 22 anos de prisão por outro homicídio e, de acordo com informações da polícia, já respondeu a inquéritos policiais e a processos criminais por estelionato, tráfico internacional de drogas no Mato Grosso e por envolvimento na morte de duas pessoas, um outro vizinho e um amigo de infância.

Caso
O sequestrador de Ricardo alugou um apartamento no mesmo prédio da vítima para se aproximar dele. Os dois foram vistos juntos, pela última vez, no dia 29 de abril, em um posto de combustível no bairro da Graça, em Salvador.
Ricardo acompanhava o vizinho, que informou que iria comprar um carro importado. Horas depois, Paulinho Mega aparece entrando em um posto bancário. Segundo a polícia, ele tentou sacar o dinheiro da conta de Ricardo, mas não conseguiu porque o cartão estava bloqueado. Depois disso, o advogado e Paulinho Mega não foram mais vistos.
A família recebeu um telefonema pedindo resgate e o sequestrador mandou o número de uma conta bancária para depósito. A polícia descobriu que a conta estava em nome de uma criança, filha de Paulinho Mega.

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