Ator baiano doa o próprio corpo com medo de ser enterrado vivo
Publicado em 26/08/2014, às 11h21 Alessandro Isabel ([email protected])
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Um ator teatral baiano registrou em cartório a doação do próprio corpo – quando estiver morto - para estudo no Instituto de Ciências da Saúde, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Romário Machado, de 58 anos, conversou com a reportagem do Bocão News nesta terça-feira (26) e explicou os motivos que o levou a tomar a decisão de ceder para estudos os órgãos e membros.
“Acredito que meu corpo poderá ser bem mais útil para os estudantes e profissionais, do que para o cemitério. Outro motivo para a decisão é que eu odeio velório e falsidade. Hoje as pessoas que nem olham para minha cara, amanhã vão chorar em meu caixão e lamentar minha morte. Não suporto isso. Outro motivo é que tenho medo de ser enterrado vivo”, disse Machado.
O caso de Waldelúcio Oliveira, 54 anos, dado como morto e depois de duas horas foi encontrado vivo dentro de saco fúnebre do necrotério do Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, reforçou ainda mais o desejo de Romário em ter o corpo entregue para a UFBA, após a devida constatação da morte. “Todos dizem que sou louco por essa decisão, mas o que aconteceu com essa rapaz (Waldelúcio) pode acontecer com qualquer um”.
Para garantir que o desejo seja concretizado, o ator autorizou familiares para acompanhar o caso de perto. “Tenho pessoas que confio e que sabem dessa minha vontade. Sei que não serei enterrado e quem não haverá velório. Isso me conforta”, acredita Romário que aguarda a autorização da UFBA para ter certeza de que o corpo será utilizado em estudos.
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