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Pai da menina filmada nua no Marista desabafa: "Sensação de Revolta"

Imagem Pai da menina filmada nua no Marista desabafa: "Sensação de Revolta"
Caso já está no Ministério Público  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/04/2014, às 06h29   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Após a filha ter sido filmada tomando banho no vestiário do Colégio Marista, em Salvador, e as imagens serem jogadas no WhatsApp, o pai da vítima - em conversa exclusiva com o site Bocão News - desabafou: "A sensação é de revolta. O colégio está preservando a infratora. Enquanto isso, minha filha passa por um abalo psicológico", contou Heraldo, autorizando apenas a 
divulgação do primeiro nome. 
Segundo ele, o caso veio à tona na sexta-feira passada, porque "até então minha filha não havia nos contado. Mas, como as imagens caíram nas redes e o colégio nada fez, ela nos contou e fomos até o Marista. Na reunião que foi, inclusive, com os pais da menina que fez a filmagem, o Marista disse que iria dar suspensão a garota. Mas, até agora nada foi feito. A menina filmou minha filha e na terça da semana passada, a imagem estourou lá dentro através do whatsApp e aí repassaram", afirmou.
A adolescente de 15 anos identificada como R. A. O. S. mudou a rotina da escola. Enquanto a jovem de também 15 anos, identificada com as iniciais V. C. R. S. tomava banho, a colega de sala, R., foi até o vestiário e filmou o banho da amiga. 
Logo em seguida, a estudante que produziu as imagens as espalhou na rede social e, em questão de segundos, todos no Colégio já tinham acesso a um momento íntimo e particular da garota. A vítima, assim que soube do caso e se viu nos celulares dos estudantes, procurou a diretoria, ainda sem comunicar aos pais sobre o assunto. Somente no fim da semana, o caso tomou uma proporção que ultrapassava os muros do Marista. "Já fomos no Derca e estamos entrando com uma ação reparatória contra o Marista", revelou o pai, informando que os banheiros da instituição são vasados, permitindo que outros possam ter visibilidade ao espaço do banho. "Enquanto isso não mudar outras poderão ser vítimas como minha filha foi", alertou.
De acordo com Heraldo, o embate com relação ao colégio é por conta da falta de informações e atitude sobre o caso. "Pedi as informações. Na quarta a diretoria descobriu quem foi a menina que filmou e na quinta os pais dela estiveram lá. Na sexta que tive conhecimento. A R. gravou tudo. Eu não sei porque ela fez isso, mas disse que se tratava de uma brincadeira", explicou, informando que as duas são colegas de sala e que a acusada estaria espalhando na escola que nada irá acontecer com ela já que é menor de idade. 
O pai de V. revelou ainda que a filha irá prestar depoimento nesta quarta e que já pensa em mudá-la de escola. "Pela primeira vez minha filha vai entrar em uma delegacia. Ela já está indo ao psicológico e não sei como ela vai superar isso tudo", afirmou.
V., que ainda continua indo às aulas, teve os seios e o rosto filmados em um vídeo cuja duração, segundo o pai, não chega a 10 
segundos. Entretando, o efeito desta exposição já abala toda a família. "Estudei no Marista e estou triste com a postura do 
colégio. A princípio iria tomar uma atitude sócio educativa. Só queria que a menina visse o ato que ela praticou. Mas, outros 
problemas foram desencadeados. Minha filha não está bem e não sei como ela vai suportar. Estou revoltado. Sou ex-aluno, meus dois filhos estudam lá. O caso tomou uma proporção tão grande que uma amiga minha disse que o filho, que estuda na Ufba, recebeu as imagens", desabafou.
Diante do fato, Heraldo fez um alerta aos pais com relação ao uso dos celulares. "Peço que os pais conscientizem seus filhos 
porque o smartphone é uma arma que pode levar a situações de caos e que transformam a vida de uma pessoa, mexendo com todo um lado familiar. O telefone é para uso pessoal e não para atingir outras pessoas. Que os jovens tenham este cuidado. às vezes, o que é brincadeira para um se torna um transtorno para o outro. Sobre o caso da minha filha eu vou até o fim para que os responsáveis respondam por isso", disparou.
A reportagem entrou em contato com o diretor geral do Marista, Antônio Jorge, que disse que não irá comentar o assunto. 

Publicada no dia 8 de abril de 2014, às 15h15

Classificação Indicativa: Livre

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