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Mais regalias: marido de Kátia Vargas dorme dentro do presídio no feriado

Imagem Mais regalias: marido de Kátia Vargas dorme dentro do presídio no feriado
Fontes garantem que tablet e celular também estão disponíveis para a médica  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/11/2013, às 18h23   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Na tarde desta segunda-feira (18), a redação do site Bocão News foi surpreendida com denúncias que apontam regalias concedidas à médica oftalmologista, Kátia Vargas, acusada de ter matado os irmãos Emanuel e Emanuelle, no dia 11 de outubro, após uma discussão de trânsito, no bairro da Ondina, e chocou os soteropolitanos.
Desde que a médica foi presa, no dia 17 de outubro, informações sobre privilégios concedidos à detenta já tinham sido relatados por fontes que têm acesso ao local. Entre algumas regalias estavam as visitas de familiares em horários fora do autorizado pelo presídio e uma alimentação especial. "Ela não come comida do presídio. Vem tudo de restaurante de fora", contou a fonte, que hoje decidiu falar um pouco mais. 
Em contato com a redação, a fonte foi ainda mais longe e garantiu que "o marido dela dormiu aqui de sexta para sábado. Já de quinta para sexta foi a vez de uma amiga dela que eu soube que é advogada. Todos aqui sabem disso, mas têm medo de falar. Por isso, os familiares de muitos presos estão se reunindo para denunciarem juntos este absurdo que está acontecendo aqui dentro", afirmou.

Kátia Vargas e o marido, em foto publicada na rede social
No embalo da situação tida como 'insustentável', outra fonte que também tem acesso ao presídio reforçou a denúncia anterior. "Não duvido que isso tenha acontecido. O que sei é que já vi um tablet e um celular só para ela, que usa normalmente. Só não posso me identificar porque vou sofrer represália. Mas, é tudo verdade", contestou.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Adminstração Penintenciária e Ressocialização (Seap) que negou a denúncia. "Não há possibilidade alguma. Ela [Kátia] está no Centro Médico onde também há outra detenta porque no espaço só cabem duas presas", afirmou a assessoria. Ainda conforme a Seap, as visitas autorizadas para a médica só ocorrem aos domingos, até às 16h. "Se algum parente quiser apenas ter notícias sobre ela pode entrar no Complexo Penintenciário a qualquer hora, mas não tem acesso a ela. Isso vale para todos os presos", garantiu.
Quando levantado o questionamento sobre o motivo pelo qual Kátia Vargas ainda está na Central Médica - completando exatamente hoje um mês que ela saiu do Hospital Aliança  - o órgão, sob o comando do secretário Nestor Duarte (PDT), informa que "ela ainda precisa de cuidados médicos. A saída dela de lá depende da alta médica que só pode ser concedida pelos médicos que a acompanham dentro do Centro Médico do Complexo", explicou a assessoria, sem detalhar quais medicamentos ela está tomando ou o real estado de saúde da médica. "Não podemos divulgar quais medicamentos e qual o tratamento realizado por nenhum detento".
No último dia 25, a promotora de justiça Armênia Cristina Santos, responsável pela denúncia, pediu a reconstituição do crime. Segundo o inquérito policial oriundo da 7ª Delegacia de Polícia, no último dia 11, a médica arremessou o veículo que dirigia contra uma moto pilotada por Emanuel Gomes Dias que trazia na garupa sua irmã Emanuele Gomes Dias, projetando-os contra um poste, resultando na morte instantânea dos irmãos no bairro de Ondina. A ação, explica a promotora de Justiça, caracteriza-se pelo perigo comum, considerando que fora perpetrado em via pública de grande fluxo de veículos e pedestres, próximo de um ponto de ônibus, centro comercial e clínicas com grande movimento no horário. Diante do acidente, o coordenador do Núcleo do Júri (NUJ), promotor de Justiça Nivaldo Aquino, foi designado para acompanhar o Inquérito Policial até a sua conclusão.

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