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Homem preso por engano deve deixar presídio hoje

Imagem Homem preso por engano deve deixar presídio hoje
“Já mandei ele arrumar as malas", disse o advogado Vivaldo Amaral  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/09/2013, às 12h24   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Parece que está chegando ao fim o sofrimento da família de Flávio Silva Santos, 42 anos. Flávio virou notícia após a filha dele, Lorena Silva Machado, 20, procurar a Record Bahia e revelar que o pai dela foi preso por engano. O caso ganhou repercussão e o advogado criminalista Vivaldo Amaral assumiu o processo.

Após meses preso no Complexo Penitenciário da Mata Escura, Flávio recebeu a informação que ainda hoje (25) ele poderá deixar a cadeia. “Estive com a juíza responsável pelo caso poderemos ter boas notícias”, disse Amaral para a reportagem do Bocão News na manhã desta quarta-feira.

O advogado esteve no Fórum Criminal de Sussuarana, em Salvador, e em seguida visitou Flávio na penitenciária. “Já mandei ele arrumar as malas. A decisão não depende de mim, depende da juíza, mas todos os ventos sopram a favor dele. O promotor Davi Galo já analisou o caso e concorda com a nossa defesa”.

O caso veio à tona após Lorena afirmar que o pai é vítima de um erro da Justiça. “No processo consta características físicas do suspeito que eles dizem ser o meu pai. Seriam um homem de 20 anos e com tatuagem. Meu pai Não tem tatuagem e tem o dobro da idade”, conta Lorena para o Bocão News.

Em primeira repercussão do caso, divulgado pela Record, Lorena relatou que na última ocasião em que foi detido, Flávio estava no Instituto Pedro Melo, quando tentava tirar a segunda via da carteira de identidade, perdida em 2006. Ele não tinha registrado ocorrência da perda. Segundo a família, a prisão foi "injusta" e um "erro" da Polícia Civil, com "consentimento" do Ministério Público do Estado (MP-BA) e Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O suposto erro da Justiça tem mais um capítulo. Existiam dois mandados de prisão, um deles expedido pelo juiz Cássio José Barbosa Miranda, da 1ª Vara do Júri, em aberto no nome de Flávio desde 2007, por crimes que, segundo a família, ele alega ser inocente. Flávio já era considerado foragido.

Os documentos - O nome dele consta em um inquérito policial que remonta ao ano de 2007, quando o extinto Grupo Especial de Repressão a Crimes de Extermínio (Gerce) da Polícia Civil investigava a atuação de uma quadrilha responsável por mortes e tráfico de drogas. A gangue era chefiada por um criminoso identificado como João Teixeira Leal, o Jão, que atuava em Pirajá, Marechal Rondon, Alto do Cabrito e Parque São Bartolomeu.

Um dos mandados de prisão de Flávio Silva Santos foi pedido pela delegada Luciana Cortes dos Anjos, que atualmente está na Corregedoria-Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em 2007, Flávio teria sido conduzido à 1ª Delegacia Territorial (1ª DT - Barris), após tentar tirar a segunda via da carteira de identidade. Mas teria sido liberado por um delegado porque as testemunhas não o teriam reconhecido.

Com informações da repórter Fabiola Lima

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