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"Dança do Cio" se espalha pelo Brasil e o mundo

Imagem "Dança do Cio" se espalha pelo Brasil e o mundo
Danças sexuais tomam conta dos bailes e chegam as escolas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/07/2013, às 15h36   Tony_Silva (twitter:@Tony_SilvaBNews)


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Que o funk do Rio de Janeiro e o pagodão de Salvador são danças que estimulam a sexualidade, isso não é mais novidade. Um vídeo de uma dança com movimentos sexuais circulou na rede social Facebook na última semana com o título de “Dança do Cio”. Nas imagens casais fazendo coregrafias com movimentos semelhantes de uma relação sexual em cima de um palco.

Outras danças do “Cio” estão tomando conta dos bailes pelo mundo. Com nomes diferentes elas trazem os mesmos movimentos, que são idênticos aos de uma relação sexual. Com muita sensualidade misturada à sexualidade, a Colômbia, a Jamaica e o Brasil são palcos frequentes das danças do “Cio”, que se transformam em vídeos que podem ser vistos pela internet.

A mais nova dança sensual de Salvador, é a que foi lançada pelo ex-vereador Leo Kret no Youtube na última quarta-feira (10). No clipe da sua nova banda, “Léo Kret e as Novinhas”, que tem como cenário uma sala de aula, acontece a “aula do quadradinho”, que é o nome da música do clipe.

Na Colômbia, a dança sensual “perreo” sai dos palcos para as escolas e muitas crianças e adolescentes dançam reproduzindo os movimentos e involuntariamente tem a sexualidade estimulada.

Para a psicóloga especializada em sexualidade humana e terapia familiar, Mirna Rosier, essa onda de danças sexuais, já vem de um movimento de libertação sexual e as pessoas estão dando vazão às fantasias, que estão nas propagandas, na moda, nas músicas e logicamente, também nas danças. Apesar de concordar com essa liberação, Mirna descorda da liberação em coletividade.

Diante de toda situação, a psicóloga faz uma importante observação.  “Acho que a liberação sexual é algo que deve ser individual e não na coletividade como acontece nestes eventos. Esse processo de liberação é natural, mas deve ser íntimo, essa tendência coletiva não é saudável. Para mim, as pessoas não estão medindo as consequências”, afirma Mirna.

Sobre a relação de crianças e adolescentes com essas danças, a psicóloga faz um alerta para os pais. “Se esses vídeos circulam pela internet, os pais devem acompanhar os conteúdos acessados pelos filhos. Na infância e na adolescência, este tipo de música e dança terminam despertando a curiosidade pelo sexo mais cedo e até estimulando pelo movimento das coreografias, pois crianças e adolescentes são passíveis de sentirem sensações sexuais, mas eles ainda não têm conhecimento e nem maturidade suficiente para administrarem a sua vida sexual. Infelizmente isso pode, em alguns casos, desencadear abusos as crianças e adolescentes”, afirma a Dra. Mirna.

Matéria publicada dia 12 de junho, às 19h02

Classificação Indicativa: 18 anos

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