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Construtoras Schahin e Alusa não pagam quarteirizadas

Imagem Construtoras Schahin e Alusa não pagam quarteirizadas
Juntas as empresas devem mais de um milhão de reais a trabalhadores  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/10/2012, às 07h48   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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A denúncia foi feita por representantes de empresas quarterizadas que prestam serviço como transporte e alimentação às construtoras Schahin e Alusa Galvão e Tomé, e que por medo de represálias preferem não se identificar. De acordo com representantes dessas empresas, a Alusa Galvão e Tomé - consórcio contratado pela Petrobras entre os anos de 2007 e 2008 para prestar serviço de engenharia na refinaria Landulfo Alves, no município de São Francisco do Conde-, não paga as empresas quarteirizadas pelo menos há cinco meses, apesar de receberem da Petrobras. Já a Schahin, que firmou contrato com a Petrobras em 2011, deve pelo menos nove meses a essas empresas.

“Há uma falta de comprometimento da Petrobras com as empresas. Eles dizem que tem um social para ajudar empresas da região e não fazem fiscalização do comprometimento com as empresas quarteirizadas. Os empreendimentos de fora chegam à refinaria Landulfo Alves para prestar serviço e não prestam, contratam quarteirizadas e não pagam”, afirmam representantes das empresas.
Ainda de acordo com denúncias, juntas, a Schahin e Alusa Galvão e Tomé devem mais de R$ 1 milhão às empresas quarteirizadas. “Desde 2008 que Alusa me deve quase R$ 1,5 milhão, sem correção. Já a Schahin deve pelo menos R$ 800 mil também sem correções”, desabafa uma das vítimas das construtoras.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sitccan), Antonio Raimundo Loteba, acredita que a Petrobras deve rever os contratos que firmou com essas construtoras. "Petrobras tem que rever o contrato que ela tem com as construtoras porque só faz quebrar a gente. No final das contas, as empresas não têm dinheiro para pagar as rescisões e quem sofre são os fornecedores, empresas de transporte e alimentação, por exemplo. A gente não tem o que questionar da Petrobras porque ela está juridicamente respaldada. Mas nós não conhecemos o modelo do contrato que foi firmado. O dinheiro que a Petrobras passa não dá para pagar os funcionários", desabafou o sindicalista.
A reportagem do Bocão News tentou falar com as construtoras Shaim e Alusa, mas ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto. A reportagem também entrou em contato com a Petrobras na última sexta-feira (28), que prometeu dar retorno até às 12h desta terça-feira (02), mas até o fechamento desta edição não foi recebida nenhuma resposta.

Matéria originalmente postada às 15h29 do dia 2/10

Classificação Indicativa: Livre

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