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Terceirizada da Coelba negligencia solução para acidente causado pela mesma

Publicado em 30/03/2015, às 12h15   Gabriel Soares (Twitter: @jornalsoares)


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O acidente que resultou no engavetamento de quatro carros aconteceu no dia 08 de março, mas a "dor de cabeça" para as vítimas parece não ter fim. A situação se deu quando um veículo da empresa Conecta Empreendimentos, que presta serviços para a Coelba, bateu no fundo de outro carro que estava parado em semáforo, e a colisão envolveu outros automóveis. Um deles já teve detectado a sua perda total, enquanto outros podem apresentar a mesma situação. Segundo a denunciante Graziela Jatahy Lopes, que depende do automóvel para trabalhar, "a empresa tem negligenciado a solução e dificultado o contato com as vítimas".

De acordo com as palavras da denunciante, a Conecta Empreendimentos tem demorado em dar respostas mínimas aos interessados, e faz pouco caso da situação. “O responsável pela frota que ocasionou o acidente, Rafael Santos, parou de atender minhas ligações, mas o mesmo telefone atende quando ligo de outro número”, disparou ela que afirma já ter gasto mais de R$ 500,00 com o acidente. Os gastos envolvem um reboque para retirada do veículo do local da colisão, táxi, diária no pátio da Transalvador, dentre outros, configurando o reembolso mais uma preocupação para Graziela. “Até hoje eles não me informaram se serei ressarcida por algo provocado por eles mesmo”, aponta.

Não é só o reembolso dos gastos que atormenta a vida de Graziela. Ela é profissional autônoma e estudante, o que a fez ser dependente do veículo para realização das suas atividades profissionais e de formação. Mesmo nesta situação, a empresa tentou convencê-la de fazer o reparo do automóvel em oficina não autorizada, e os primeiros contatos em prol do conserto só veio acontecer mais de dez dias após a colisão, como informado pela vítima. “Eles queriam que eu levasse o carro pra uma oficina qualquer, mas meu carro é novo e eu solicitei que o conserto seja feito por uma autorizada. Ainda subestimaram o meu conhecimento, tentaram minimizar a situação, mas sei que o eixo do carro pode ter sido afetado e isso caracterizaria uma perda total do veículo”, disse Graziela.

O gerente local da Conecta Empreendimentos, César Meneses, reconhece algumas falhas na conduta de Rafael, mas afirma que a empresa tem se mobilizado em prol da solução. “O nosso funcionário tinha que estar nos atualizando da situação através de e-mail e isso ele não fez, por isso a demora na resolução. Mas o setor jurídico já foi acionado e está a par da situação para indicar as medidas a serem tomadas”, informa o gerente sem dar prazos nem indicações de qual será a solução adotada pela empresa.  

Quando questionado sobre os problemas que já poderiam ser resolvidos sem maiores estudos do setor jurídico, como o ressarcimento dos gastos da vítima perante o acidente, César Meneses disse que os problemas serão resolvidos um por vez, e a prioridade no momento é a manutenção dos carros dos envolvidos, deixando as outras questões para segundo plano. “O que pedi a eles é que guardam os cupons fiscais dos gastos e continuem nos atualizando por e-mail, mas não posso resolver isso em paralelo com a questão dos carros. As situações de ressarcimento e reembolso por tempo de trabalho perdido só serão analisadas quando terminar o trato com o conserto dos carros”, informa. 

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