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Camaçari: moradores reclamam de descaso no loteamento Tucunaré

Publicado em 30/01/2015, às 20h07   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Sem energia elétrica regularizada, os moradores do loteamento Parque Tucunaré, em Arembepe, Camaçari, vivem na clandestinidade. De acordo com a presidente da associação de moradores do local, Tânia Maria dos Santos, a comunidade sobrevive com instalações elétricas ilegais causando riscos de morte para os moradores.

“É um descaso muito grande. Antes não tínhamos água nem energia porque o loteamento não era legalizado. A partir de 2011 conseguimos os procedimentos jurídicos e até então lutamos para ter energia elétrica em todas as ruas”, explica a moradora.

Os proprietários compraram os terrenos através da Incorporadora de Imóveis Arempebe, de responsabilidade de Wilson Rafael. De acordo com a presidente da associação, havia garantias de que a energia elétrica e o saneamento básico seriam realizados após a construção das casas, o que não aconteceu.

Em 1995, um Termo de Ajuste de Conduta foi firmado entre a prefeitura de Camaçari e o loteador para a implantação de infraestrutura no local, o que também ainda não ocorreu na totalidade. A Coelba chegou a instalar algumas redes no local, mas outras ruas ainda continuam sem energia elétrica legalizada.

O Ministério Público foi acionado e solicitou aprovação dos órgãos competentes. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos concedeu a licença em 2013. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano encaminhou ofício a Coelba, em junho de 2014, solicitando a instalação da rede no local. Mas, segundo a presidente da associação nada mudou.

“São fios soltos pelo chão, um perigo imenso. Eles colocam propaganda para termos cuidado com a energia elétrica, mas estão esperando alguém morrer para tomarem providência?”, questionou a moradora.

Sem respostas

A Coelba encaminhou nota esclarecendo que por se tratar de Área de Preservação Permanente, a empresa elaborou projeto de instalação da rede elétrica e o apresentou em 10 de dezembro de 2014 a Prefeitura de Camaçari e ao Ministério Público. A Coelba não teria recebido retorno, portanto não deu início às obras.

A reportagem tentou contato com a secretária de Desenvolvimento Urbano de Camaçari, Ana Lúcia Bastos e com o prefeito Ademar Delgado. Ambos não atenderam às ligações. Já a assessoria de comunicação da prefeitura afirmou que no início da noite de uma sexta-feira não seria possível dar qualquer informação, somente a partir de segunda-feira (2).

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