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Daniel Prata: um ano e meio depois, família lamenta morte e demora de julgamento

Publicado em 30/04/2016, às 07h30   Eliezer Santos (Twitter: @eliezer_sj)


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A poucos dias do Dia das Mães, Dona Graça, mãe do publicitário Daniel Paschoalick Prata, 29 anos, - morto em um acidente de carro no Itaigara na madrugada de 8 de novembro de 2014 -, sente o coração bater mais forte em lembrança ao episódio que marcou drasticamente a história da família e, mesmo após um ano e meio, continua sem solução.
“Para mim é péssimo, é um momento de angústia. Além do sofrimento, o sentimento de que aquela coisa não acabou. Agora com a proximidade do dia das mães, não tenho meu filho para desejar feliz dia das mães”, lamentou Graça.
Ela luta na Justiça para sacramentar a culpabilidade por crime de homicídio doloso e lesão grave do advogado Roberto João Starteri Sampaio Filho, que segue em liberdade, mas segundo o inquérito policial apresentava estado de embriaguez enquanto dirigia sua caminhonete a uma velocidade entre 135 km/h e 140 km/h no momento em que colidiu com o carro dirigido por Daniel Prata. “Eu tenho fé. Para mim só vai acabar no dia do julgamento”, asseverou Dona Graça. 
No choque, a médica Luciana Tavares Lucetti, que estava no banco do carona, ficou gravemente ferida.
“Estamos muito angustiadas com a demora do processo. Ficamos ansiosas de quando vai terminar tudo. Provoca grande sofrimento. Mas a cada conquista, vamos sentindo que tudo corre bem”, contou Marina Prata, irmã de Daniel, em conversa com o Bocão News.
Nas próximas semanas o processo avança para a realização da primeira audiência de instrução, quando, segundo o advogado da família Prata, Bruno Nova, serão confirmadas as informações produzidas no inquérito da Polícia Civil, com “elementos suficientes para encaminhá-lo ao júri popular”. 
“O processo está andando bem dentro dos prazos. A defesa tentou tirar o processo da vara do júri e tenta inverter a responsabilidade do crime. É uma causa que está muito bem encaminhada diante da robustez das provas coletadas”, avaliou Bruno Nova.
A reportagem falou com o advogado Sérgio Habib, que disse não trabalhar mais para Roberto João Filho. O novo advogado de defesa não foi localizado.
Vitória parcial
Recentemente, a Justiça negou o pedido do acusado para ter de volta a licença para dirigir, que fora suspensa desde o ocorrido. A decisão foi tida como uma vitória para a família.
“Até agora não tivemos nenhuma perda, o que nos tranquiliza um pouco. Os recursos dos quais ele se utiliza não obtém êxito. Estamos com expectativa de que tudo ocorra bem”, completou Marina.
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