Responsável pela segunda maior arrecadação no estado da Bahia [atrás apenas do período natalino], as festas de São João devem gerar renda abaixo do esperado após várias prefeituras do interior terem anunciado redução da programação e até cancelamento dos festejos.
Os cortes deixam empresários e produtores de eventos apreensivos com os investimentos que foram feitos ao longo do ano, sem a previsão de retorno.
Segundo Tiago Pittari, diretor de comunicação e marketing, há empresários que já perderam 15 shows que estavam programados. Ele afirmou também que alguns prefeitos têm usado indevidamente o argumento das chuvas, da seca e redução de orçamento para abortar os contratos.
Ivan Júnior, secretário do Grupo Bahia, criticou ainda o alto percentual do orçamento destinado à contratação de bandas do cenário nacional em detrimento de produções regionais. “Não queremos um barreirismo, queremos apenas disciplinar”, ponderou.
Já para Roberto Ramos, vice-presidente do Grupo Bahia, o momento de crise pode ser superado com novas ideias, criatividade e trabalho. Mas reiterou a necessidade de as bandas locais serem prestigiadas e reconhecidas.