Faltam dois anos para eleição de governador, mas os olhos já estão todos voltados para 2018. O pleito deve ter uma disputa acirrada entre o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT), que deve tentar a recondução ao Palácio de Ondina.
Para o cientista político, Neto terá também que fazer uma “transição bem sucedida” em 2018, quando deve deixar a prefeitura de Salvador na mão do vice-prefeito eleito Bruno Reis (PMDB). “Ele [ACM Neto] terá que convencer o eleitorado de Salvador de que a gestão não perderá com sua saída”, frisou.
Já o provável candidato à reeleição Rui Costa terá o desafio de agradar o senador Otto Alencar, que é presidente do PSD na Bahia. O partido do pessedista cresceu de 72 prefeituras em 2012 para 83 nesta eleição. “O governador terá que reduzir a presença do PT no governo. Isso vai ser difícil, porque têm muitos petistas fora do governo, que farão pressão para ter espaço na administração de Rui”, destacou.
Ressaltou Paulo Fábio Dantas Neto que a base do governo venceu 12 das 24 cidades com mais de 50 mil eleitores na Bahia e o PSD teve o maior êxito. Segundo ele, os pessedistas conquistaram cinco municípios.
O professor da Ufba disse que ainda não é possível avaliar a força do PSB, da senadora Lídice da Mata. Os socialistas diminuíram o número de prefeituras, mas conquistaram cidades importantes, como Guanambi e Jequié. “Não dá para saber se Lídice se fortaleceu ou não”, pontuou.
Publicada originalmente dia 3
