Educação

Brasil está no topo da lista de agressões a professores, diz pesquisa

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Enquanto a média mundial de agredidos é 3,4%, o Brasil carrega 12,5% de professores ameaçados  |   Bnews - Divulgação reprodução

Publicado em 28/08/2014, às 18h21   Redaçao Bocão News (twitter: @bocaonews)


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Pesquisa internacional feita pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) revela o vergonhoso trato que o Brasil tem com os professores. Dentre as 34 nações pesquisadas, o país é o primeiro na lista de agressões aos educadores, e está na lista dos dez países que menos valoriza a profissão.

Os números revelam a opinião de mais de 100 mil professores e diretores de escolas do ensino fundamental e médio (alunos de 11 a 16 anos). No Brasil, 12,5% dos entrevistados afirmaram sofrer agressões verbais ou intimidação de aluno, ao menos uma vez por semana.

Com essa porcentagem, o Brasil atinge quase o triplo da média geral obtida na pesquisa, que é de 3,4%. Em segundo lugar aparece a Estônia, com 11%, e a Austrália está segue a lista apresentando 9,7% dos entrevistados alegando agressões.

Em entrevista para a BBC Brasil, o chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE, Dirk Van Damme disse: "A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos".

No quesito valorização do trabalho docente, o Brasil não está em boa situação também. O país se encontra entre os dez piores países nesta questão, onde apenas um entre dez profissionais se sentem valorizados pela sociedade. A média mundial é de 31% de professores que consideram ter o valor devido, enquanto o número nacional só representa 12,6%.

A conclusão da pesquisa é de que os professores gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.

Segundo Van Damme, "a valorização dos professores é um elemento-chave para desenvolver os sistemas educacionais".

Classificação Indicativa: Livre

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