Educação

“É atrativo ser professor da rede municipal de Salvador”, diz Bacelar

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Secretário municipal da Educação foi o entrevistado desta segunda-feira do programa Se Liga Bocão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/04/2012, às 08h27   Marivaldo Filho (Twitter: @marivaldofilho)


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O secretário municipal da Educação de Salvador, João Carlos Bacelar, durante o programa Se Liga Bocão desta segunda-feira (23), declarou que é um atrativo ser professor da rede municipal soteropolitana. Segundo o presidente estadual do PTN, o piso dos educadores de R$ 3,5 mil e os investimentos que estão sendo feitos na infraestrutura das escolas estão valorizando a profissão em Salvador. 

“Existe uma decisão política de se investir em educação. Ser professor da rede municipal é algo muito atrativo. Inicialmente, ganham R$ 3,5 mil e, no final de carreira, chegam a ganhar R$ 10 mil. Isso se reflete, por exemplo, até na formação em pedagogia das faculdades da cidade. Salvador hoje faz o segundo maior investimento do Brasil na estrutura das escolas. João Henrique é um bom prefeito e sabe da importância dessas ações”, declarou João Carlos Bacelar.

Apesar do secretário declarar a existência de uma política da prefeitura municipal de Salvador de se investir em educação, o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) sugeriu a rejeição das contas do prefeito, relativas ao exercício financeiro de 2010, Uma das principais justificativas do órgão foi o não investimento em educação do mínimo exigido pela Constituição Federal (25%).

Desde dezembro de 2010 no cargo, João Carlos Bacelar falou sobre os avanços alcançados em sua gestão, mas teve que enfrentar a insatisfação de alguns professores municipais e alunos que não estão tão motivados com a educação de Salvador. “Sou servidor municipal e ganho R$ 545. É menos que o mínimo”, desabafou um ouvinte.

“Os professores continuam sendo ameaçados. As escolas sofrem com o descaso e com a falta de condições mínimas para oferecer uma educação de qualidade”, declarou outro professor, que participou do programa. O desabafo foi exemplificado com a situação da Escola Municipal Jardim Santo Inácio. Educadores e alunos relataram a falta de fardamento dos estudantes e até de telefone no centro educacional.

João Carlos Bacelar ‘jogou no colo’ da burocracia a resolução do problema. “Tentamos concluir as licitações para a compra dos fardamentos, mas esbarramos nas questões burocráticas. Esse processo é feito pelo sistema de pregão eletrônico. Muitas pessoas se inscrevem e apresentam propostas absurdas. Temos que ouvir um por um e isso acaba demandando muito tempo", explicou.

O secretario municipal deu nota ‘quatro’ para a educação brasileira. “Somos os primeiros no futebol, mas ocupamos a 88ª posição no ranking da educação. Temos muito o que melhorar”, afirmou. Como alternativa, Bacelar voltou a defender a federalização da educação: “O padrão educacional deve ser igual em todo o país”, concluiu.

Foto: Roberto Viana// Bocão News
Nota originalmente publicada às 19h40 do dia 23


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