Educação

Representantes de países africanos cobram mais estudos sobre a África

Publicado em 30/05/2015, às 08h29   Rodrigo Daniel Silva (Twitter: @rodansilva)


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Em um seminário sobre os 13 anos da União Africana (UA), promovido pelo Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, representantes de países africanos cobraram mais atenção ao ensino da história e da cultura afro-brasileira. O evento, que aconteceu na tarde desta sexta-feira (29), reuniu estudantes e especialistas da área.

Para o representante da Nigéria, Misbah Akanni, os brasileiros conhecem boa parte da história antiga da África, mas desconhece o que ocorre atualmente no continente. “Ainda falam da África como se fosse um lugar muito distante”, pontuou. Ele defendeu mais estudos sobre os países africanos.

Nesta perspectiva, Walmir França, coordenador do centro, disse que é preciso ampliar a relação do Brasil com os países da África. Para ele, a Lei 10.639/03, que obriga o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil, ainda não é “cumprida na sua integridade”. “Muita gente ainda acha que lá não tem praia”, ressaltou, defendendo que Salvador passe a ter voos diretos para cidades africanas.

O diretor da Casa de Angola, Camilo Afonso, também advogou mais estudos sobre a África. “Ninguém vai lá e nem pesquisa a Casa de Angola”, frisou.Também participaram do debate o doutor em Ciências Sociais, Detoubab Ndiayi, representando Senegal, e o mestrando em Cultura e Sociedade, Aaulai Baldé, de Guiné-Bissau.

Publicada no dia 29 de maio de 2015, às 18h

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