Educação

Com 0% de reajuste da prefeitura, professores municipais paralisam por 72 horas

Publicado em 24/05/2015, às 18h57   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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Em busca de uma proposta concreta da Prefeitura de Salvador, professores da Rede Municipal de Ensino programaram uma paralisação de 72 horas para esta semana. De acordo com a categoria, o ato é fruto da falta de diálogo do Executivo em termos de reajuste salarial.

Segundo a categoria, o prefeito ACM Neto se nega a negociar, contrapondo-se aos movimentos nacionais. "Em diversas capitais de estados do Brasil já houve o reajuste. No Rio Grande do Sul teve 2,6%, em Minas Gerais houve 35% de aumento escalonado em três anos. Existem cidades do Brasil que já estão se adequando aos 13,01% do piso, mas a Prefeitura de Salvador deu 0% de aumento até agora", frisou o professor Bruno D'Almeida, representante dos Educadores do Projeto Popular.

"Até no Paraná, que já teve quebra-pau, confronto com a polícia, na mesa de negociação já há 5% de proposta de reajuste. Ou seja, em termos de reajuste salarial ACM Neto consegue ser pior que Beto Richa, governador do Paraná", complementa.

Professor Bruno D'Almeida durante debate das centrais sindicais

Bruno explicou ao Bocão News que na segunda (25) e na terça-feira (26) as aulas serão realizadas normalmente, quando a categoria aproveita para dialogar com a comunidade informando os motivos da paralisação que ocorrerá na quarta, quinta e sexta feira.

Além do reajuste salarial, os professores reivindicam melhores condições nos espaços físicos das escolas de Salvador. "Existem escolas que por causa das chuvas estão sem condições de trabalho. Tem teto desabando nas escolas, umidade, um série de problemas que interferem na qualidade do ensino", disse. Com indicativo de greve, o educador não descarta uma paralisação maior que será definida em uma assembleia no dia 2 de junho.

Programação

A programação da paralisação contará com uma aula pública na praça em frente ao Shopping da Bahia (antigo Iguatemi) na quarta-feira (27), a partir das 9h. Na quinta-feira (28), a categoria se reúne no Ministério Público (MP-BA) listando as reivindicações da classe. Já na sexta-feira (29), os professores municipais aderem à mobilização de centrais sindicais de todo o país, quando saem do Shopping da Bahia, às 13h, rumo à Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) contra a terceirização nos cargos e as medidas provisórias do Governo Federal.

Publicada originalmenten às 10h30

Classificação Indicativa: Livre

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