Educação

Central das Creches reclama de repasse financeiro e quer reunião com secretário

Publicado em 10/01/2015, às 18h30   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)


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Com os dados de que a cidade de Salvador é a capital brasileira com maior número de crianças de 0 a 5 anos fora de creches, cerca de 145 mil, o presidente do Instituto Central das Creches no Brasil, Clériston Silva, diz ter esperanças de que o novo secretário de Educação do Município, Guilherme Bellintani, consiga organizar o setor. Inclusive, afirma que tem uma reunião “pré-agendada” com o novo titular para a próxima semana para tratar dos problemas enfrentados pelas creches filantrópicas, comunitárias e concessionárias na cidade.

Em conversa com o Bocão News, o representante da entidade acusou, novamente, a prefeitura de não repassar os recursos integralmente para as creches conveniadas. “A prefeitura não vem repassando o valor total que o Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] envia. Por criança, o Fundeb manda R$ 2.514,13 e a prefeitura só repassa 40% desse valor para as creches. Com isso, elas não conseguem pagar professores e cuidarem da manutenção. A creche não tem como sobreviver. Queremos que seja repassado o valor total”, afirmou Clériston, que apontou ser essa a principal pauta para a reunião que pretende ter com o novo secretário Bellintani.

Ele diz que o método de repasse vem da gestão do então prefeito João Henrique, mas que ACM Neto assumiu a prefeitura e continuou com a “logística”. “O prefeito chegou a prometer, ao lado do ex-secretário de Educação Jorge Khoury, que ampliaria o número de vagas nas creches em Salvador, mas até hoje não cumpriu isso”, disparou.

Segundo o presidente do instituto, em Salvador existem 230 creches, sendo que 98% da demanda é atendida por conveniadas e apenas 2% por estabelecimentos do município. “Em cada creche, existem entre 500 e 700 crianças na lista de espera”, aponta.

Outro ponto criticado é, de acordo com ele, a existência de muitas pessoas sem qualificação trabalhando nas creches nos bairros da cidade. “Muita gente não tem nem o ensino médio completo. São, em geral, moradores do bairro que se sensibilizam e passam a contribuir da maneira que pode”, disse Clériston, que afirmou existir um convênio do instituto com uma faculdade em Salvador para qualificar e formar profissionais para atuarem nas creches do município. 

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