Educação

Professores protestam após notícia de fechamento de escola estadual

Publicado em 25/01/2016, às 19h48   Tamirys Machado (Twiter:@tamirysmachado7)


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A notícia de que o colégio estadual Landulfo Alves, localizado na Calçada, Avenida Oscar Pontes, será extinto, gerou revolta entre os professores da instituição pública. Através de uma carta de repúdio, docentes da rede estadual de ensino se manifestaram contra o fechamento da escola e destacaram que receberam “com tristeza” a informação. 
Segundo os docentes, a instituição será extinta em 2017 e a matricula deste ano para os alunos de 1º ano foi suspensa. Procurado pelo Bocão News, a assessoria da Secretaria de Educação do Estado confirmou a suspensão das matrículas dos novos alunos para a turma do 1º ano, mas não se pronunciou sobre o fechamento da escola em 2017. Em nota, a assessoria disse que “em relação ao fechamento do turno noturno do Colégio Estadual Landulfo Alves, a denúncia não procede. A unidade escolar continuará ofertando vagas para o Ensino Médio e Tempo Formativo 3”. 
A professora de Língua Portuguesa, Sílvia Cerqueira, afirmou ao Bocão News que existem no colégio cerca de 70 docentes, todos concursados, que devem ficar à disposição do Estado. “Em momento algum eles [representantes da Secretaria de Educação] levaram em consideração o trabalho que fazemos na instituição. Só no turno matutino, temos 31 turmas. Não nos prendemos há um espaço físico e sim a equipe que trabalha”, pontuou. Ainda segundo a carta, o secretário de Educação, Osvaldo Barreto, informou que a unidade escolar será a nova sede na Uneb (Universidade Estadual da Bahia).
De acordo com Cerqueira, outras instituições teriam pleiteado o uso do prédio na Calçada. “O secretário disse que se a gente conseguir um espaço teria a possiblidade de migrar a escola, mas isso deveria partir do alto escalão e não de nós”, ressaltou a docente que acumula 13 anos de instituição. Na carta, professores ressaltam que o colégio, fundado em 2002, vem se destacando “por oferecer um ensino de qualidade, incluindo cursos de formação geral de qualidade como dança, inglês e espanhol e cursos profissionalizantes”. 
“Trata-se de uma decisão arbitrária e unilateral, já que, em nenhum momento, houve qualquer iniciativa de diálogo com a comunidade escolar. Tal notícia foi recebida por professores, estudantes e funcionários com extremo pesar, pois reviveram todas as situações de abandono e de exclusão que vivenciaram tantas vezes em suas vidas”, diz um trecho do texto. 
Nesta segunda-feira (25), pela manhã, os professores se reuniram com o secretário de Educação, por intermediação do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado estadual Marcelo Nilo (PDT). Conforme a assessoria do parlamentar, Barreto abriu a possibilidade de o colégio passar a funcionar em outro espaço. Já a secretaria de Educação não mencionou o encontro realizado hoje entre os professores, Marcelo Nilo e Osvaldo Barreto.
Os professores do Landulfo Alves farão uma manifestação próxima quarta-feira (27), pela manhã, em frente à escola. 
A situação, no entanto, não é restrita apenas ao Landulfo Alves, outras unidades já estariam fechando turmas, como o Anfrísia Santiago em Fazenda Coutos, Praia Grande e Odorico Tavares. 

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