Economia & Mercado

Uma das maiores incorporadoras do país, PDG pede recuperação judicial

Publicado em 22/02/2017, às 12h04   Folhapress


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Uma das maiores incorporadoras do país, a PDG protocolou na Justiça de São Paulo seu pedido de proteção contra dívidas de quase R$ 8 bilhões. 
Endividada e com sucessivos prejuízos, a empresa tentara sem sucesso renegociar suas dívidas com bancos. 
O pedido de recuperação judicial foi, assim, a forma encontrada pela atual gestão para tentar salvar a PDG da falência. 
Ele inclui a incorporadora e mais de 500 "sociedades de propósito específico", empresas criadas para comandar os empreendimentos erguidos pela PDG. 
Caso o pleito seja aceito pela Justiça, a companhia terá dois meses para elaborar um plano de reestruturação de suas dívidas e apresentá-lo aos credores. 
A maior parte do que a PDG deve na praça está nas mãos de Banco do Brasil, Caixa, Bradesco, Itaú e Votorantim. 
A PDG nasceu em 2003 como uma área do banco Pactual (hoje BTG). Virou uma gigante do setor após a aquisição em série de rivais. 
Com a compra de Goldfarb, CHL, Agre, Asa e LN, e um plano agressivo de lançamentos, chegou a ser a maior incorporadora da Bolsa brasileira, valendo mais de R$ 10 bilhões. 
Há quase dois anos, contudo, tenta renegociar com credores e ajustar sua operação, com corte de custos e demissão de funcionários. 
TENTATIVAS 
Em 2015, já com problemas, a PDG anunciara a contratação do banco Rothschild para reestruturar sua dívida. Um acordo com os bancos foi fechado e a empresa começou a se desfazer de projetos. 
Com a recessão prolongada, a incorporadora seguiu no prejuízo e o plano naufragou. 
De janeiro a setembro de 2016 -último dado disponível-, foram quase R$ 1 bilhão em desistências de compradores que haviam financiado imóveis, os chamados distratos. 
Com isso, as vendas líquidas, que excluem as desistências, ficaram em R$ 170 milhões, valor 64% inferior ao do mesmo período do ano passado. 
No final do ano passado, a PDG passou por uma troca completa de comando e o conselho de administração foi inteiramente reformulado. 
As mudanças são reflexo da chegada da RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher. A consultoria foi contratada para buscar uma solução para a companhia, que tem dívida bilionária e enfrenta queda nas vendas de imóveis e sucessivos prejuízos. 
Especialista em reestruturação de empresas, Ricardo K, como é conhecido, foi responsável pela renegociação de dívidas da EBX, de Eike Batista.

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