Direto de Brasília

Jutahy detona empresa Sete Brasil ao comentar Enseada Paraguaçu

Publicado em 04/03/2015, às 08h29   De Brasília, Lucas Esteves (Twitter: @lucasesteves)


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O deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA) não poupou críticas ao comentar a responsabilidade da empresa Sete Brasil na desativação das obras do estaleiro Enseada Paraguaçu, confirmada na semana passada. Em discurso na tribuna da Câmara na tarde desta terça-feira (3), o tucano afirmou que a companhia é uma mistura de “corrupção, megalomania, incompetência e atraso ideológico”.
O baiano afirmou que o Brasil está diante de um dilema relativo ao setor naval por conta da Sete. Endividada, a empresa depende de um empréstimo pendente no BNDES que, caso não saia, pode afundar a produção na área no país porque irá impedir o final da construção de importantes estaleiros que concentram a construção de máquinas para o setor.
Criada com 58% de controle da Petrobras e fundos de pensões, a companhia é responsável pelos contratos de sondas e navios para exploração do pré-sal. Entretanto, como um empréstimo do BNDES não foi liberado para a Sete Brasil, Enseada Paraguaçu e outros quatro estaleiros começaram a ter dificuldades financeiras no mês de novembro, paralisando as obras.
Jutahy lembrou que, para evitar todos estes problemas e de quebra economizar, bastaria a Petrobras contratar máquinas fora do país para fazer a exploração. Porém, a Petrobras foi obrigada por lei a ter 30% de participação na perfuração dos poços do pré-sal e ter 60% de conteúdo nacional na exploração, o que causou a criação da Sete.
“Agora, o Brasil inteiro está na seguinte situação: contrataram-se estaleiros para construir sondas, essas sondas não estão prontas. Essas sondas são para o mercado específico da Petrobras, para fazer com que elas sejam utilizadas pela Petrobras, e hoje essas sondas construídas são muito mais caras para você alugar para a Petrobras do que fazer a sua contratação no mercado internacional, no qual está sobrando sonda”, explicou.
Ele aproveitou para afirmar que a Sete Brasil tem uma “vinculação imensa com a corrupção” devido ao fato de que o seu diretor é Pedro Barusco, antigo braço-direito do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Preso pela Polícia federal, Barusco se tornou delator do esquema e já se comprometeu a devolver a volumosa soma de US$ 100 milhões.
Publicada no dia 3 de março de 2015, às 18h14

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