Denúncia

ECAD confirma dívida da Paradise Weekend e pode tomar medidas judiciais

Imagem ECAD confirma dívida da Paradise Weekend e pode tomar medidas judiciais
Segundo informações obtidas pelo Bocão, a dívida com o escritório é de R$ 33.168,67  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/08/2014, às 06h50   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Os donos da festa Paradise Weekend de 2013, que tradicionalmente acontece em Costa do Sauípe, na cidade de Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador, têm mais um problema para resolver.
De acordo com informações obtidas pelo Bocão News, a empresa de Milkon Chriesler dos Santos Campos, a The Groove Concept Entretenimento Ltda, realizadora do Paradise Weekend, que é acusado por 18 fornecedores de calote, também não pagou ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). 
O Ecad é uma sociedade civil, de natureza privada, instituída pela Lei Federal nº 5.988/73 e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais brasileira – 9.610/98. Administrado por nove associações de música para realizar a arrecadação e a distribuição de direitos autorais decorrentes da execução pública de músicas nacionais e estrangeiras.  
Segundo informações obtidas pela nossa reportagem, a dívida com o Ecad é de R$ 33.168,67. Por meio de nota enviada ao Bocão News, o Escritório confirmou o débito. Questionado se tomaria alguma providência diante da situação, o Ecad informou que “envidará todos os esforços para que os organizadores respeitem os diretos dos autores das músicas executadas no evento, inclusive levando o caso ao Judiciário, se a inadimplência permanecer”.
Sobre a edição da festa desse ano, o Ecad "espera que os organizadores realizem o pagamento dos diretos autorais do evento inadimplente e também em relação ao que acontecerá em novembro, conforme orienta a legislação. Em caso negativo, deverá tomar todas as providências cabíveis, inclusive as medidas judiciais devidas, para fazer com que seja respeitado o direito dos autores das músicas executadas".
Documentos obtidos pela nossa reportagem revelam que a dívida total é de R$ 297.376,87. Segundo os empresários que alegam não terem sido pagos pelos serviços prestados, eles foram procurados por um representante de Milkon Chriesler, Nelson Baiano, que teria renegociado a dívida com alguns desses fornecedores, firmando um novo contrato com o nome de outra empresa, a Núcleo.


Em conversa com o Bocão News, Nelson confirmou a dívida, no entanto, ficou indignado com o “alvoroço” dos empresários baianos. “O Paradise é um evento de R$ 6 milhões e ficou em aberto algo em torno de R$ 200 mil. Não foi feito o pagamento ainda porque a gente teve um problema com o fluxo de caixa do nosso evento no Rio de Janeiro, que comprometeu todo nosso orçamento e que já está sendo resolvido agora. Não existe isso que não vai pagar”, detalha.
O sócio da festa que acontece em Sauípe ainda aproveitou a oportunidade e alfinetou alguns empresários locais. “Um alvoroço absurdo para uma coisa que ficou em aberta menos de cinco por cento do festival, o que não é o fim do mundo. A gente vai acertar com todo mundo, fazer esse ano e provavelmente a gente sai da Bahia, vai para o sul. Outros resorts têm propostas gigantescas para nos levar. A tendência é que esse evento, que a gente faz fora do Brasil, vai acabar saindo por causa desse terrorismo. Conheci muita gente nesse tempo que estou aqui. Como se todos os fornecedores aqui na Bahia fossem em dia, né?”, dispara.
Por meio de nota, o Complexo de Sauípe informou que “assim como em outros tradicionais eventos realizados há anos, a Costa do Sauípe é apenas o destino onde o Paradise Weekend acontece não tendo nenhuma relação com a produção e execução do mesmo”.

Sob acusações de calotes, Paradise Weekend segue ameaçada na Bahia

Publicada no dia 28 de agosto de 2014, às 7h47

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp