Denúncia
Publicado em 26/08/2014, às 12h26 Redação BNews
Quem foi curtir a festa Paradise Weekend de 2013, que tradicionalmente acontece em Costa do Sauípe, na cidade de Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador, pode comprovar a grande infraestrutura que o evento exige. No entanto, a festa não trouxe bons frutos para alguns empresários baianos.
De acordo com informações obtidas pelo Bocão News, 19 fornecedores teriam sido contratados pela empresa de Milkon Chriesler dos Santos Campos, a The Groove Concept Entretenimento Ltda, realizadora do Paradise Weekend. Documentos obtidos pela nossa reportagem revelam que a dívida é cerca de R$ 297.376,87.
Segundo os empresários que alegam não terem sido pagos pelos serviços prestados, eles foram procurados por um representante de Milkon Chriesler, Nelson Baiano, que teria renegociado a dívida com alguns desses fornecedores, firmando um novo contrato com o nome de outra empresa, a Núcleo.
“Procuraram para renegociar e depois de pagarem uma parcela sumiram. Ligo para Nelson, mas ele nunca atende o celular. Ninguém consegue encontrá-lo”, diz um dos empresários que prefere não se identificar.
Outro empresário afirma que também foi procurado por Nelson Baiano, e que chegou a assinar o contrato de renegociação, no entanto, nunca teve a sua cópia do documento de volta.
“Eles nos pagaram uma parte do valor e ficaram nos devendo outra. Nos procuraram no início desse ano para renegociar a dívida. Fizeram um contrato, reconhecemos firma, mas a nossa via nunca foi devolvida”, conta. Questionado se trabalharia novamente no evento, ele diz que “até poderia, desde que a dívida antiga fosse paga”.
Teve ainda fornecedor que nunca recebeu nenhum centavo pelo serviço prestado na Paradise do ano passado, em Costa do Sauípe. “Não foi pago nada antes, durante, muito menos depois da festa. Ninguém mantém contato comigo. Esse Nelson ficou de me ligar, mas nunca ligou. Tento falar com ele, no entanto, o celular dele só cai na caixa”, dispara.
Em conversa com o Bocão News, Nelson confirmou que existe a dívida, no entanto, ficou indignado com o “alvoroço” dos empresários baianos.
“O Paradise é um evento de R$ 6 milhões e ficou em aberto algo em torno de R$ 200 mil. Não foi feito o pagamento ainda porque a gente teve um problema com o fluxo de caixa do nosso evento no Rio de Janeiro, que comprometeu todo nosso orçamento, e que já está sendo resolvido agora. Não existe isso que não vai pagar”, detalha.
E continua: “um pouco depois do Carnaval eu cheguei a procurar alguns fornecedores, porque tinha uma programação de entrar dinheiro de patrocinador, mas não aconteceu. O dinheiro não entrou e a gente ficou dependendo da venda do evento para pagar”.
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