Denúncia

Mulher diz que foi mandada para o inferno na Jac Motors

Imagem Mulher diz que foi mandada para o inferno na Jac Motors
Publicitária comprou veículo que apresentou uma série de problema  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/08/2013, às 10h11   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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Os ânimos ficaram exaltados na concessionária Jac Motors da Av. Manoel Dias, na Pituba, na última sexta-feira (09). É que a cliente Joyce Monteiro Vieira levou na segunda (05), o veículo da família modelo J3 para revisão com uma série de problemas e ficou à espera de um carro reserva. Após fazer diversos contatos telefônicos com os funcionários da loja, sem sucesso, a publicitária foi até o local para exigir o veículo, pois diz que tem três filhos e precisa do carro para trabalhar. 
Depois de uma série de discussões e suplica, Joyce contou ter sofrido um dos maiores constrangimentos de sua vida. “Fiquei 2 horas dentro da loja e admito ter gritado em alto e bom som em busca dos meus direitos. Disse que ficaria ali para dormir se fosse preciso, até que o diretor da concessionária me mandou ir dormir no inferno”, afirma.

Inconformada e se sentindo humilhada, a publicitária recorreu à imprensa mesmo após ter recebido o carro reserva. “Isso tudo aconteceu na sexta e o carro só chegou na segunda-feira às 15h30 no meu trabalho. Mas agora não interessa, vou processá-los! É assim que um diretor de uma mega marca trata os seus clientes? Mandando uma mulher para o inferno?”, questiona.

Segundo Joyce, os problemas do carro em resumo são: ferrugem há mais de um ano, pane elétrica e ar condicionado vazando na parte interna. Com relação à pane, esse é o defeito o qual ela considera o mais grave. “Por falta de uma peça que nunca chega, eles fizeram uma gambiarra e o meu carro teve uma pane que precisei levar às pressas pra lá”, conta. Vale ressaltar, que a Jac Motors oferece garantia de seis anos aos veículos e o da publicitária foi comprado em março de 2011. 

A reportagem fez diversas ligações para a assessoria de imprensa da Jac Motors, localizada em São Paulo, mas ninguém atendeu às chamadas. Em contato com a unidade da Manoel Dias, em Salvador, uma funcionária que não quis se identificar disse que “houve uma série de desgastes por parte da cliente que constrangeu muito quem estava na loja”, mas evitou dar mais detalhes sobre o caso, pois não tinha autorização. Também foi informado que não há ninguém na capital baiana que se relacione com a imprensa.  

O que diz a lei

Segundo a advogada da área de direitos do consumidor, Alane Virgínia, caso a
concessionária não resolva o problema, Joyce pode tentar a via judicial para ver satisfeitos os seus apelos. “A depender do caso, é possível questionar não apenas os danos materiais sofridos, mas também os danos morais, em decorrência de todo o constrangimento passado pelo consumidor", afirma. 

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