Se existe uma empresa que os moradores da Rua Carlos Conceição, em Lauro de Freitas, querem ver
‘pelas costas’ é a PDG. A empreiteira vem sendo acusada de causar diversos transtornos e pequenos acidentes principalmente para quem mora no condomínio Portão de Buraquinho, que já havia denunciado a marca em fevereiro deste ano. No entanto, parece que a expressão
"toma jeito” é algo desconhecido pela empresa, que na última sexta-feira (19), derrubou o muro de entrada do conjunto residencial. Uma carreta que estava no canteiro de obras do empreendimento Vila do Mar se chocou com o muro vizinho, que foi ao chão.
Na hora do acidente, a design de interiores Luize Correia estava de saída quando se lembrou de pegar um garrafão de água vazio para trocar por outro cheio. Ela estacionou um pouco antes da entrada e fez uma ligação para a filha, quando uma carreta invadiu o espaço. “Poderia pegar em mim. Eles estão esperando o que para ter responsabilidade? Alguém morrer? Porque o que ocorre aqui não são acidentes, são irresponsabilidades”, afirma. Como estava atrasada, pediu para a menina, de 18 anos, fotografar e filmar o acontecido. Ao acatar o pedido da mãe, a garota teria sofrido represálias. “Um dos engenheiros disse pra ela que se ninguém lhe deu educação, que ele daria como uma surra”, conta.
Procurado, o homem negou as informações e insistiu para não ser identificado na reportagem. “Eu sou pai de família e jamais diria uma coisa dessas. Os ânimos estavam exaltados muito mais pelos moradores, mas o muro foi levantado no mesmo dia”, afirma. Sobre o acidente, o engenheiro ainda garantiu que não houve erro de manobra do motorista da carreta. “Uma peça do veículo quebrou e ele precisou se ‘recortar’ no muro”, disse ele, garantindo que o acidente não foi grave e que a empresa costuma cumprir regras e não fugir à responsabilidade. O Bocão News tentou contato com a assessoria de imprensa da PDG, que não foi localizada.
Ainda segundo Luize, que também faz parte da Comissão de Moradores de Lauro de Freitas, outros acidentes ocorreram antes de a carreta atingir o muro do condomínio Portão de Buraquinho. “Eles já jogaram concreto em nossos carros, que acabou atingindo também uma pessoa; com a chuva alguns tapumes já voaram; racharam uma casa vizinha; puseram uma tela de proteção que já está toda rasgada... Não aguentamos mais”, pontuou. Ao ser perguntado sobre a data para o fim das obras, o engenheiro que não quis se identificar preferiu não informar. “Prefiro não dizer. Uma obra por si só é um empecilho. Mas, como disse, não fugimos da nossa responsabilidade”, finalizou.
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