Na manhã desta sexta-feira (16), a reportagem do Bnews foi procurada para denunciar um caso envolvendo a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), que estaria fazendo cobranças indevidas. O leitor Jerônimo Gonçalves relata que teve seu carro roubado e ao encontrá-lo foi supreendido com a cobrança de multas e outros valores por parte do órgão de trânsito.
Segundo o motorista, o veículo foi roubado na madrugada na última terça-feira (13), no bairro de Nazaré, na região da Aquidabã, quando foi interceptado por outro veículo, modelo Chevrolet Onix. No ato, um homem armado fez a abordagem e roubou o veículo, juntamente com seus pertences pessoais. O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), na Baixa do Fiscal.
Através das redes sociais, Jerônimo pediu ajuda de amigos para localizar o carro, em nome da sua mãe Adaltina Brito Gonçalves, modelo Ford Fiesta, cor branca, placa OUX 6359. Horas depois, o motorista recebeu informações de que o veículo tinha sido visto passando pela avenida Contorno, sendo rebocado.
Com as informações, o motorista se encaminhou à Delegacia a Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde não encontrou o veículo e foi orientado a procurar junto à Transalvador. Para isso, lhe foi passado um documento, com assinatura do delegado responsável, para que pudesse retomar o veículo e retirar a restrição de roubo.
Ao chegar no órgão de trânsito, encontrou seu veículo no pátio e ao solicitar a retirada, com documento da delegacia em mãos, foi surpreendido com multas e outras taxas referentes ao reboque e diária do pátio. Conforme registro da Translavador, o carro foi encontrado em via pública, no bairro da Calçada, de onde foi guinchado e aplicado multas por infracões.
Mesmo com restrição de furto/roubo e bastante danificado, o veículo só pode ser retirado com pagamento das multas aplicadas e valores cobrados pela Transalvador, que somaram R$ 1.280, o que revoltou o motorista. "Isso é extorsão". Em contato com a reportagem, Jerônimo enviou documentos que comprovam o registro da ocorrência e os pagamentos realizados.
O Bnews procurou a Transalvador para verificar a legalidade do procedimento, mas foi informado que o caso ainda será analisado.
Publicada originalmente às 14h em 16/06/2017
