Denúncia

Pais denunciam violência causada por bullying em escola no Costa Azul

Publicado em 11/03/2016, às 12h33   Tony Silva e Vinícius Ribeiro


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Uma aluna de 10 anos de idade, da 5ª série do ensino fundamental, da Escola Gênesis, localizada no Costa Azul, em Salvador, foi agredida por outro aluno da mesma idade, na manhã de quinta-feira (10). De acordo com Tatiane Peixoto, mãe da criança agredida, a menina sofreu ‘bullying’ após trocar de short para participar da aula de educação física. “As outras meninas começaram a pegar no pé dela, dizendo que ela menstruou e os meninos começaram a chamar ela de ‘putinha’. Ainda conforme a mãe, “ela respondeu, houve uma discussão e um garoto da mesma idade que ela desferiu socos no rosto e na barriga”.

Tatiane disse ao site que ficou indignada com o posicionamento da escola, onde a filha estuda desde os três anos de idade. “A diretoria segurou minha filha dentro da escola e liberou o garoto que fez as agressões. Ela só pôde sair com minha presença. Além disso, a direção se negou a expulsar o aluno. Apenas separá-los de sala. Porém ela está coagida, amedrontada. E se ela sair agora da escola vai ser prejudicada. A falta de senso de justiça da diretora da escola. A gente investe em uma escola, paga caro e tem que buscar o filho depois da aula com o olho roxo”, desabafou.

De acordo com a mãe, a garota, que foi atendida no Hospital São Rafael, passou por exames e teve hematomas na região do rosto. Conforme o relato, a criança já está em casa, em observação, mas se queixa de dor. O caso será encaminhado para o Conselho Tutelar da região onde ocorreu o crime.

"Preta"

Ao Bocão News, a diretora pedagógica e administrativa da escola, Gislene Isabel Lopes, rebateu a versão. Segundo ela, a situação teve início na semana passada, quando a garota chamou uma colega de "preta". A atitude teria chateado a turma, que passou a hostilizar a menina agredida nesta quinta-feira.

"Ela arranhou uma colega, depois chamou outro de elefante e de burro. Vínhamos tentando resolver internamente, mas ocorreu isso ontem", disse, apontando que são questões comuns nessa faixa etária e que a escola está atenta aos casos de ‘bullyng’ no interior da instituição.

Sobre a reivindicação da família, que cobrou a expulsão do agressor, a diretora ponderou quanto à medida. "Não podemos expulsar uma criança por causa de uma situação que pode ser resolvida pedagogicamente. Compreendo a aflição da família, mas se expulsarmos sem tentar resolver podemos responder por danos morais", pontuou.

Segundo o Artigo 5º, da Lei nº 13.185,  "é dever do estabelecimento de ensino, dos clubes e das agremiações recreativas assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática (bullying)".

No final desta manhã, um tio da criança agredida entrou em contato com nossa redação para informar que, após comparecer à instituição, a família decidiu retirar a garota da escola. A decisão, segundo ele, foi tomada por conta do posicionamento "imparcial" da direção da Gênesis. 

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