Denúncia

Paciente diabética com pé necrosado sofre sem atendimento em Salvador

Publicado em 28/07/2015, às 20h21   Tony Silva (twitter: @Tony_SilvaBNews)


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Os familiares da dona de casa, Nilzete Silva do Carmo, 58 anos, já não sabem onde recorrer para conseguir atendimento para a paciente, diagnosticada com diabetes desde 2013, que também sofre de hipertensão arterial. Já são quase dez unidades hospitalares percorridas e nenhuma atendeu a paciente. Os motivos são diversos: falta de vagas, greve, atendimento suspenso.

Nilzete não consegue andar, pois ela está com uma ferida no pé esquerdo que se alastrou ameaçando a perda de dois dedos, desde o mês de junho. A situação piorou há 15 dias. No último final de semana, a família saiu em busca de atendimento para a paciente sem obter nenhum sucesso. Segundo a nora de Nilzete, identificada como Edna Jandira Santa, 33 anos, que trabalha como recepcionista e divide o tempo em cuidar da sogra, a paciente foi levada pela família a quase dez unidades hospitalares e não conseguiu atendimento.

“Na noite da última sexta-feira (24), ela estava com febre, pressão alta e açúcar baixo, aí fomos ao Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), que informou que estaria em greve e não poderia atender. Em seguida fomos a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no mesmo local, pelas condições que ela se encontrava foi imediatamente atendida, mas só tratou a pressão e a febre. Então fomos ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde o médico falou da sala onde estava com a porta aberta - enquanto usava o celular - que não poderia realizar o atendimento. Saímos de lá com o quadro de febre e pressão já normalizado, mas o pé de Nilzete continuava com o mesmo problema”, explica.

Na manhã desta segunda-feira (27), a dona de casa chegou a fazer uma triagem no Hospital do Subúrbio, mas não recebeu atendimento, pois a enfermeira que a avaliou informou que o tratamento só poderia ser realizado no HGRS. “Fomos a uma UPA também no Subúrbio para realizar pelo menos um curativo, mas fomos informados que estavam em greve”, explica Edna, que ainda disse que a família percorreu com a paciente por mais três UPA’s sem resultado.

A nora de Nilzete recorreu a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), mas também não obteve êxito. “Depois de muito ligar, consegui falar com uma diretora da Sesab, identificada como Jaci, que prometeu resolver o problema ainda ontem, mas quando consegui falar hoje, ela mandou retornar ao Roberto Santos e procurar atendimento normalmente. Enquanto isso minha sogra sofre com dores, com o odor e a própria família que está cuidando das feridas. Tudo que precisamos é de atendimento”, desabafa Edna.

A reportagem do Bocão News tentou contato com a Sesab, mas não teve as ligações atendidas.

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